Evil

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"Because I'm evil, tell the people. I'm evil. Open your eyes, I'm all a disguise." Evil

"Porque eu sou má, conte para as pessoas. Eu sou má. Abra seus olhos, eu sou um disfarce."



"A marca do dragão duplo gravada em seu antebraço. Isso tinha que ser. Ela o ergueu, mostrando aos outros. "Não poderia me machucar", disse Mal. "Meu verdadeiro nome é Malévola. Assim como minha mãe, sou parte dragão e, portanto, sou imune à maldição do dragão." Melissa De La Cruz, A Ilha dos Perdidos

Mal foi lançada por Audrey como se fosse um pedaço de papel, mas antes de ver a morte outra vez cara a cara teve um lampejo de coragem ou falta de senso, difícil dizer, porque em meio ao riso de vitória de Audrey, conseguiu atrair o Olho de Dragão. Era um tiro no escuro, sabia disso. Segundos antes de voar metros ao chão abriu a palma da mão esquerda e deixou que a genética e magia agir. Não demorou, enquanto suas costas era rasgada pelos restos da vidraça da janela sentiu sua magia pulsar e o cajado encantado voar em sua direção.

Foi igual quando tocou no objeto pela primeira vez anos atras na Ilha dos Perdidos, sentia sua mão queimar, principalmente onde estava sua marca. Não lembrava que doía tanto. O cetro impediu a queda. Pousou no chão em segurança. Houve um barulho alto, semelhante a um meteoro sendo lançado ao chão, mas Mal não machucou mais do que já estava ferida. No entanto, seria uma mentira se dissesse que não estava com uma dor latente por todo o corpo.

Pela força do feitiço de Audrey e a altura da torre, deveria ter morrido, mas isto obviamente não aconteceu, contudo a dor que Mal sentia agora era muito semelhante a ter seu corpo quebrado.

Quando havia uma barreira magica, uma simples fenda reacendeu o cetro e ao tocá-lo Mal sentiu uma leve queimação, mas nada além disso. Agora. ao contrário do que aconteceu anos atrás, ao pegar o objeto a dor de sentiu o que quer que havia dentro dele invadir seu corpo, uivou de dor até o barulho ser como um de seus rugidos como estava em sua forma de dragão. Nem mesmo o que Audrey acabará de fazer a fez sentir tão fraca... "Não seja fraca Mal." Ela desmaiou logo em seguida.

A floresta começava a mostrar os contornos que seriam suas características em alguns anos. Longos e grossos espinhos, nuvens pesadas sobre a vasta e colorida paisagem e tristeza. Um cenário amedrontador e sombrio. Ela viu uma mulher, uma criatura...sua mãe? Não conhecia muitas pessoas que possuíam chifres tão pontiagudos e olhos tão verdes como os seus.

Se aproximou temendo saber o que iria encontrar. Seus passos eram delicados, mas sem querer pisou em uma grande raiz da uma árvore com suas pesadas botas. Não sabia que se tratava de uma criatura dos Moors até ele gritar.

"Sinto muito Baltazar." Sussurrou um pedido de desculpas.

— O que foi Baltazar? — A figura deixou o que estava fazendo e se voltou para árvore. — Tudo bem? — Suas mãos pálidas e que tinham unhas finas acariciaram o tronco.

Pela floresta ser escura Mal não havia percebido até agora.

Sim, era Malévola, mas os chifres pertenciam a uma fada muito mais nova e que Mal não conheceu. Talvez tenha sido a Ilha ou o tempo que a transformou tanto, mas agora diante da Lady não estava a pessoa que conhecia. Havia algo diferente e não era a falta das rugas a diferença de altura.

— Tem alguém aí?

A jovem fada perguntou e suas mãos atravessaram o corpo da menina como se fosse vento. Foi óbvio o que estava acontecendo, porque já havia vivenciado algo parecido. Era uma lembrança.

Antes do Livro Se FecharOnde histórias criam vida. Descubra agora