O que faz o mundo andar

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- Salta, salta, salta nesta grande confusão, pois quem vive alegre não tem preocupação.

Ouvia-se alguém cantar uma antiga musiquinha do pássaro Dodô, enquanto pegava as pequenas frutas no pomar de casa. Sua animação tão cedo era normal, visto que, sua terra natal desconhecia o que era tristeza.

-Gira, gira, gira por aqui e por ali, Tanta correria neste mundo eu nunca vi.

Tanta animação e cantoria não era só apenas para pegar frutas do café da manhã, era óbvio. Honestamente, tanta animação assim deveria ser pôr um grande motivo, pois qualquer um que conhecesse a estranha criatura um pouco que fosse, sabe que ele não derramava alegria ao mundo por qualquer motivo.

- O que o mundo fez para merecer a alegria de Rashid Afroid Decantes essa hora da manhã?

A outra doce moradora da pequena casa disse feliz ao ver o homem que geralmente era bem ranzinza essa hora.

- Sabe que dia é hoje?

Seu sorriso se assemelhava muito com o do seu "tio".

- Quarta-feira?

- Não me venha com essa carinha. Sabe que dia é amanhã Nanny.

Nanny, a doce e imparável fada sorria feliz e compartilhando a mesma animação de Rashid.

- Tenho esperado por esse dia há dezoito anos. Não poderia esquecer nem se quisesse.

- Então, não vejo a hora de rever todos, Fada Madrinha principalmente. - Ironizou, mas a brincadeira não foi bem-vinda. - Péssima brincadeira, foi mal.

- Não, acho que também estou animada para ver minha irmã, embora ache que Helena não irá me receber com fogos de artifício.

- Duvido Nanny, acho que será uma grande surpresa quando todos souberem que você está viva, talvez possamos esperar uma festa.

- E quem irá patrocinar essa festa? Terra de Fadas não existe, não tenho tanta fé na alegria de Helena e Auradon não sabe que eu existo.

Sua fala não se parecia com a emoção que ela sempre transbordava.

- Podemos sonhar, não é? E você é a Aquela das Lendas. Aguarde comemorações, abraços e fogos, se não tiver, eu mesmo faço.

- O único abraço que quero ainda não sabe que eu existo.

O rosto triste sempre aparecia quando isso era citado.

- Mal vai amar te conhecer.

- É o que espero há dezoito anos, é a única coisa que espero.

(...)

Auradon City

Mal sabia que Auradon dependia dela agora. Depois de uma demorada conversa, ela, família e conselheiros reais mais próximos, chegaram à conclusão que tinham problemas em Auradon que dependiam de sua atenção total agora. As eventuais mudanças no governo teriam que esperar. As pulseiras de controle de magia ainda não estavam 100%, os bancos reais estavam desfalcados, assim como a União que contava com menos quatro províncias.

Mal ainda não teve coragem suficiente para entrar no escritório de Ben. Débora ou Evie eram quem fazia essa intermediação sempre que um formulário era necessário. Durante o intervalo de uma das reuniões, uma forte onda de enjoo veio e ela correu para o banheiro e pela primeira vez estava grata por isso te acontecido, pois poderia sair desses momentos tensos.

- Mal?

Evie ia onde a amiga estava. Era como uma segurança particular, estava sempre atrás dela.

- Aqui Evie. Tudo bem?

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