KENDRA BERRYCLOTH
"Antes mesmo de nascer, seu sangue era amaldiçoado, antes mesmo do seu primeiro choro, sua morte já estava gravada nas estrelas..."
Era incrível que depois de tanto tempo, as coisas continuavam as mesmas.
-Hoje você saíra da cela – Marius apareceu de repente em frente da cela – não seja mal criada, já é décima vez que está aqui, quando vai aprender?
Encaro seu rosto friamente, tentei levantar, mas caí novamente no chão. As marcas das chicotadas, ainda ardiam, bem como me sentia fraca.
-Não consigo levantar – sinto minha garganta seca, minha punição foi mais severa que da última vez.
-Faça um esforço, Robin está impaciente – ele parecia entediado, mas abriu a cela e veio em minha direção – não tente nada, sabe que isso é irritante.
Ele me pega no colo, minha cabeça ainda girava, sentia todo meu corpo pesado. Enquanto subíamos as escadarias, a pouca luz do local fez com que escondesse meu rosto com uma das minhas mãos. Meus olhos continuavam a arder, minha respiração estava fraca.
Até que Marius me coloca delicadamente no chão.
-Ela está aqui Robin – Marius havia falado e finalmente com a pouca força que restava, consegui levantar meu rosto e olhar em volta. O local estava ainda mais iluminado, o grande salão, composto por uma enorme mesa no centro, com cadeiras para 12 pessoas. Robin estava em frente a janela, até que se virou e me encarou.
-Parece que o feitiço está dando certo – dizia ele ao se aproximar – afinal não está nem conseguido se curar.
-Então foi você? – tento perguntar, mas minha voz estava cada vez mais fraca.
-Quem mais seria? – pergunta irritado – você mereceu isso, quem mandou sair novamente escondida?
-Essa punição, foi só porque eu saí?
-Você sabe das regras – Marius interviu me lembrando daquelas malditas regras – se os soldados daquele maldito Reino Telmarino, estivessem por aqui e vissem você, o que acha que aconteceria?
-Seu poder é meu trunfo – Robin se aproximou de mim e acariciando meu rosto, levantando meu queixo com uma das mãos me fazendo encara-lo – te criei como minha filha e é assim que me agradece?
-Me criou? Acha que me colocar em cativeiro, é cuidar? – digo me lembrando, dos momentos em que passei trancada, tanto na cela, quanto no quarto.
-Sou o único que pode te entender – sua voz me dava arrepios, porque apesar de me manter em cativeiro, ele foi como um pai para mim – só te repreendo por amar você.
-Está bem, sei que errei em sair – minha voz saiu arrastada – mas cansei de ficar aqui, nunca vi muita coisa do mundo de fora.
-Algum dia, depois de conseguir minha vingança – seus olhos brilharam mais intensamente enquanto falava – poderá sair sem medo de explorar, você será livre.
Ser livre era tudo o que mais queria, mas tinha medo do preço que teria que pagar para conseguir minha liberdade.
-Farei tudo o que quiser – digo derrotada – mas, por favor deixe que eu me cure.
-Vou retirar o feitiço, contanto que me prometa que não cometerá erros assim novamente.
-Prometo – digo o vendo levantar uma sobrancelha, sabia o que ele queria ouvir – pai...
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Destino além das estrelas
Romance( AS CRÔNICAS DE NÁRNIA: PRIMEIRA TEMPORADA) UM SONHO..... UM PEDIDO DE SOCORRO.... UM PERIGO INCOMUM.... DOIS AMORES INESQUECÍVEIS... UM DESTINO TRAÇADO PELAS ESTRELAS, O BEM OU O MAL TRIUNFARÁ? PLÁGIO É CRIME!!!