CAPÍTULO 12

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Quando Lúcia viu Devon de joelhos e seu rosto todo machucado e sangrando, não pode respirar direito e sem pensar começou a correr em direção a ele, até que sentiu sendo agarrada e abraçada por trás, ela olhou e viu que era Caspian.

-Por favor Caspian me solte...- diz Lúcia ainda em choque.

- Não vou Lúcia, você não pode ir lá, eu sei que o conhece, mais se for lá irão pega-la também e isso eu não vou permitir.- diz Caspian sussurrando no seu ouvido.

Sentiu seus olhos se encherem de lágrimas, e só o olhou e disse.

- Se não me ajudar a salvá-lo, irei sozinha de um jeito ou de outro- Diz Lúcia enquanto o olhava com determinação em seu olhar.

Caspian a olhou de um jeito diferente dessa vez, ela sentiu seu rosto esquentar, e pela primeira vez suavizou o olhar.

- Por favor, eu só quero ajudá-lo - diz Lúcia com a voz falhando.

- Lúcia....- diz Caspian com hesitação como se estivesse pensando no que fazer - tudo bem.

Caspian chamou mais alguns marinheiros, e Darius também estavam juntos, quando chegamos a pequena cidade, Caspian me puxou para um canto, e pegou uma de suas espadas.

-Tome, precisa de algo para se defender- diz Caspian a olhando- Só tome cuidado com essas pessoas, certo?

-Está bem! Farei isso- diz Lúcia segurando a espada, que parecia mais pesada do que achava.

Quando chegaram perto da onde estavam, Lúcia ficou atrás de uma esquina, olhando de relance o lugar onde estavam as pessoas presas. Ela olhou para o outro lado da pequena rua e pode Caspian separando os homens para o ataque.

Darius estava ao seu lado, e quando Caspian deu a permissão para ataca-los, Lúcia sentiu adrenalina correr como fogo em suas veias, gostava dessa sensação de ser útil para algo e quando os inimigos viram que estavam chegando perto, um homem que parecia líder deles estava encapuzado, que cobria parcialmente seu rosto, ela foi correndo em direção a um homem que estava segurando uma menininha pelos cabelos, ela estava chorando enquanto com um olhar implorava por ajuda.

Lúcia segurou a espada com as duas mãos e partiu para cima daquele homem, ele havia largado a menina no chão enquanto pegava sua espada da bainha, ela foi com tudo com a espada em direção a ele, que se defendeu prontamente a frente de seu rosto, eles começaram a duelar com a espada e nem percebeu quando alguém acertou o homem nas costas e ele caiu e ela pode ver quem era.

-Devon...- Lúcia não sabia o que dizer, ela abriu a boca para falar algo mais não saia nada.

Ele estava com um olhar cansado, foi então que ele largou a espada e quase caiu, se Lúcia não tivesse chegado perto para apoiar seu corpo contra seu, ele era tão pesado que ela quase caiu, ela olhou em volta e viu Caspian lutar contra o homem encapuzado, mas esse mesmo homem lançou uma espécie de magia que saíram de suas mãos e acertou com tudo em Caspian, ele voou um metros longe e bateu a cabeça no chão.

-NÃO!- Lúcia gritou com toda força, ela chamou um dos tripulantes para ajudar Devon e ela correu em direção a Caspian que estava inerte, sem se mexer, ela se ajoelhou perto dele e segurou sua cabeça com delicadeza e o deitou em seu colo.

-Ei, por favor acorde...-diz Lúcia com a voz embargada- POR FAVOR ALGUÉM AJUDE!!!- Lúcia gritou para que alguém viesse ajudar, Darius quando viu, chamou alguns homens enquanto o levantavam.

-Por favor, tomem cuidado com ele- dizia Lúcia sentindo as lágrimas ameaçando sair. Ela olhou na direção da onde veio aquela magia estranha, o homem havia desaparecido, mas ela não queria pensar no homem misterioso, estava preocupado com Devon e agora com Caspian.

Quando enfim chegaram ao navio e Lúcia havia pedido para que Clarissa ajudasse Devon. E quando Darius fora a seu encontro fez a maior de todas as burrices.

- Alteza? Um minuto da sua atenção- pergunta Darius.

-Claro, o que houve?- pergunta Lúcia.

-Caspian ainda está desacordado, não sabemos o que fazer- diz Darius com a testa franzida de preocupação.

Lúcia sentiu seu peito se encher de preocupação.

-Eu irei até lá para ver se posso ajudar de alguma forma, por hora acho melhor que zarpemos, é perigoso demais para ficarmos aqui- diz Lúcia enquanto saia em direção ao quarto de Caspian.

Quando adentrou ao quarto, viu que ele estava deitado, o colarinho da sua camisa estava aberta, seus lábios estavam semiabertos e a expressão de seu rosto estava suave, ela se aproximou e sentou a beira da cama, e isso a lembrou do sonho estranho que teve com ele, em que ela se declarava com todo coração para ela.

Ela colocou a mão sobre sua testa, não estava com febre pelo menos. Não soube o que deu nela para passar a mão em seus cabelos de leve, ela sentiu aquela sensação estranha voltando a aparecer.

Foi então que ele começou a mexer a pálpebras e ela o olhou entusiasmada, ele gemeu enquanto abria os olhos devagar, quando enfim seus olhos se focaram nela, ela sorriu.

-Até que enfim acordou....-diz Lúcia enquanto ele a olhava meio surpreso.

-Eu não lembro do que aconteceu, só lembro que fui atingido- diz Caspian se sentando na cama- você está bem?

Ela não pode evitar em não sorrir, ele devia estar preocupado consigo mesmo e não com ela.

-Estou mais preocupada com você, a pancada foi muito forte, está doendo?- diz ela enquanto tocava na sua testa que tinha um hematoma roxo já se formando.

E quando ela sentiu ele pegar em suas mãos congelou, o olhou surpresa ele a estava olhando de um jeito que nem ela sabia explicar como, ele massageava sua mão de leve, a outra mão estendeu sobre o rosto dela.

-Isso é tão estranho- disse Caspian com a testa franzida- desculpe, mas Lúcia eu preciso de confessar uma coisa, posso?

Ela não conseguia dizer nada, então só assentiu com a cabeça.

-Quando você me perguntou porque eu estava a evitando, eu menti- diz ele enquanto continua a olhando do mesmo jeito estranho- eu a estava evitando porque, teve uma noite que Clarissa veio até a mim pedindo ajuda, disse que você estava estranha, sem pensar fui até seu quarto, e você estava falando dormindo, quando cheguei perto e segurei suas mãos tive uma visão, você estava dizendo que me amava....

Ela não sabia o que dizer, achou que aquilo só tinha sido um sonho, Lúcia só o olhou, nenhuma palavra saia de sua boca. E o que aconteceu depois a faria sentir a maior sensação de leveza que já alguma vez tinha sentido.

-Seria errado eu te dizer, que não consigo parar de pensar nessa visão, além do beijo, fico imaginando todas as noites como seria te beijar- diz Caspian.- Lúcia...

Estavam cara a cara, a respiração dele soprou seu cabelo. Ela sentiu seu corpo se arrepiar, ela o encarou, os olhos dele estavam focados em seus olhos e lábios e quando por fim ela levantou o rosto e ele abaixou o dele, e quando os lábios se encontraram, ela congelou surpresa, eles estavam se beijando. A boca era firme contra a sua, uma de suas mãos segurou sua nuca com delicadeza, mesmo ela sabendo que deveria recuar, mas ela não queria e esse sentimento a assustou.

Ela sentiu seus braços se levantarem e agarrarem seu cabelo, o puxando para mais perto dela. Ele aprofundou o beijo, e ela sentiu como se estivesse voando, causava nela uma leve tontura. Então ele começou a acariciar sua pele e eles foram caindo de costas na cama.

Quando ela percebeu no que estavam prestes a fazer, ela o empurrou um pouco e ele a olhou com paixão e entendendo o que ela queria dizer a levantou com ele, ainda sentados na cama ele encostou sua testa sobre a dela.

-Me desculpe, não queria ultrapassar os limites- diz Caspian ainda de olhos fechados.

-Tudo bem..- diz Lúcia ainda não entendendo no que acabou de acontecer entre os dois, ela não conseguia pensar em nada, só queria que ficassem assim por um tempo, mas ela sabia que logo tudo isso um dia no futuro os fariam marido e mulher e pela primeira vez ela não teve medo desse sentimento que havia começado a brotar em seu coração.

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