Nanami |•| ONESHOT

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NADA CONTADO AQUI TEM LIGAÇÃO COM A HISTÓRIA DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS, APENAS UM DEVANEIO TRISTE.

⚠️ contém spoiler do mangá ⚠️

Nanami estava muito mais cauteloso e protetor que o de costume, não saia da casa de S/n com medo de que algo acontecesse com a garota, o que acabou resultando em todas as suas roupas no armário dela. Ele ligava periodicamente quando estavam separados pra saber como ela estava e havia reforçado as fechaduras.

— Não precisa de tudo isso — ela diz enquanto ele via alarmes para por no apartamento deles.

Ele sabia. Na realidade nem adiantaria, seu medo não era em relação a algo que pudesse ser parado com trancas a mais ou alarmes, Mahito entraria no apartamento a qualquer momento que quisesse sem precisar de grande esforço, ele ou qualquer outra maldição que o acompanhasse. Mas ele tinha essa necessidade de fazer algo que impedisse isso de acontecer, então desesperadamente fazia qualquer coisa.

Tudo começou depois da última vez que se enfrentaram, S/n dormia tranquilamente em sua cama sentindo o lado vazio que era onde ele geralmente ficava, seu celular tocou repetidas vezes até que ela entendesse que aquilo não era um sonho e se esticasse até a cômoda alcançando o aparelho. Atendeu sem se dar o trabalho de ver quem era.

— Alô? — sua voz saiu baixa por causa do sono, ela pode ouvir o suspiro dele do outro lado e automaticamente soube quem era — Nanami, está tudo bem?

— Acordei você? — a voz dele estava mais rouca que o normal e parecia cansado.

— Tudo bem, mas aconteceu algo? — ela escuta ele negar do outro lado.

— Apenas hora extra, fechou as portas direitinho?

— Sim, por quê?

— Apenas por segurança — ela estranhou, mas não disse nada

A ligação foi desligada sem mais, eles se despediram apropriadamente e S/n voltou a dormir, por outro lado Nanami deve que cuidar de alguns ferimentos causados por mahito, a voz dele ecoou em sua cabeça  “Ja ligou pra ela hoje?”.  Ele podia sentir os poucos pelos loiros de seus braços se arrepiando com o tom de voz da maldição cravado em sua memória.

Ele fechou os olhos e jogou a cabeça pra trás, enquanto pressionava o ferimento em seu abdômen. O que faria se algo acontecesse a S/n? não gostava nem de pensar na possibilidade. Seu peito doía com a ideia de perde-la, seja para o que fosse, ele não aceitaria isso. Ligou para ijichi pedindo que fosse buscá-lo seja lá onde ele estivesse, precisava cuidar daquele corte que não parava de sangrar nem por um minuto, não eram só arranhões no final das contas.

— Da pra me dizer o que está acontecendo? — pediu S/n enquanto ele ainda olhava os alarmes e coisas de segurança em um site da internet.

— Não houve nada!

S/n o encarou indignada. ele achava mesmo que ela era burra ao ponto de cair nessa? qual é, ele estava louco de preocupação nos últimos dias, ela podia ver, podia sentir, ele fedia a estresse e ela não sossegaria até entender o motivo.

— Nanami! — advertiu tomando o tablet da mão dele — Abre a porra da boca.

Ele suspirou e massageou as temporas, não queria ter essa conversa agora, mas sabia que a mulher descabelada em sua frente não deixaria passar essa oportunidade mesmo que ele chorasse alí mesmo se recusando a dizer o que ela queria ouvir.

Imagine, Nanami!Onde histórias criam vida. Descubra agora