Nanami 5

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Durante um dia e meio Nanami não foi trabalhar e se dedicou completamente a ela, s/n n sabia se ele podia fazer isso mas o mesmo a garantiu que estava tudo bem. Antes de ir conferiu tudo pra garantir que não tinha deixado nenhuma marca aparente no corpo da garota.

Ela acenou para ele antes de entrar no avião, o loiro também tomava os seus sonhos durante a viagem calma de 2h até o destino de sua mãe.

....

S/n pôs os pés na grama, observando a grande casa na qual passou toda a sua infância. Não demorou pra notarem sua presença e um homem dentro de um terno bem alinhado vir em sua direção, o mesmo acenou educadamente e se ofereceu para carregar sua mala.

— Não precisa, muito obrigada — negou educadamente.

Com passos lentos ela se aproximou da grande porta que lhe esperava, o chão de porcelana brilhava como sempre, julgava ser capaz de se ver melhor naquele chão do que em qualquer espelho de sua própria casa.

Sons de saltos agulha ecoou pelo cômodo, cada vez mais alto e mais irritante, a silhueta elegante de sua mãe apontou do outro lado do grande hall.

— Bem-vinda de volta, querida  — sorriu com seus dentes perfeitamente alinhados em sua boca pintada de vermelho.

— olá, mamãe — revirou os olhos.

— Ora não faça assim.. Ainda brava por eu ter lhe conseguido folga?

A mulher rondava s/n analisando suas roupas.

— Muito obrigada por me conseguir folga, mas da próxima vez tenta falar comigo antes — os dedos ágeis da mais velha arrumavam cada linha da roupa desajustada de s/n — Ouviu?

— Claro claro, tentarei me lembrar — s/n a encarou com as sobrancelhas levantadas — Ok.. eu lembrarei — se deu por vencida — Agora venha por algo mais.. apropriado..

— Eu tô bem assim obrigada, mas agradeceria se me ajudasse com a mala — sorriu amarelo.

s/M estalou os dedos e mais um dos homens vestindo preto apareceram, levando consigo a mala de s/n.

— Eu estava me referindo a VOCÊ dona s/s..

— Me chame de dona mais uma vez e eu te deserdo — o dedo com unha como garra estava apontado para s/n

— Por favor faça isso — seu sorriso ia de orelha a orelha

— Não brinque comigo — diz agora de maneira seria, mas logo a fachada de malvada cai e ela suspira — Sabe por que está aqui certo?

— Não, por quê? — zomba.

— S/n..

— Ta ta.. você já sabe minha resposta.

S/n seguiu o caminho conhecido, um dos mordomos de sua mãe já havia levado suas malas, então ela apenas seguiu lentamente pra onde antes era seu quarto, os passos lentos de sua mãe a seguiam, não disseram nada durante o caminho, apenas o som de suas respirações eram ouvidos.

O antigo quarto de s/n ainda estava lá, óbvio que estava, eles não tinham o porquê se desfazer dele, não quando existiam dezenas de outros na grande mansão,  não quando tentavam incessantemente convencer s/n a assumir a empresa da família.

— Eu não entendo porquê você se nega tanto a isso..

— Não entende? — s/n senta na cama, a decoração do cômodo era a mesma de anos atrás, mas podia ver que as mantinham conservadas.

— Não completamente, é tão ruim assim seguir os passos da família?

— Pode não ser ruim pra você pois sempre gostou dessa vida, mas eu não quero ficar presa nisso, eu quero viajar, quero viver..

Imagine, Nanami!Onde histórias criam vida. Descubra agora