Nanami 3

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S/n estava trabalhando como sempre, a padaria estava movimentada demais e ela acabou tendo que fazer papel de garçonete também para tentar dar conta de todos. Haviam se passado três dias exatos depois daquilo, também três dias que Nanami não aparecia na padaria.

S/n começou a se sentir insegura em relação ao que tiveram, não se arrependia, mas se sentia triste por talvez ter sido a última vez que o verá.

Os clientes começaram a diminuir, ficaria sozinha mais uma vez já que sua amiga de trabalho precisava novamente que ela lhe "quebrasse um galho" fechando a padaria em seu lugar. Ela, mesmo que não admitisse, ficava esperançosa de que ele aparecesse nesses últimos minutos que ainda lhe restava antes de ir finalmente.

S/n preparava pra fechar o caixa quando a porta abriu fazendo o barulho do sino tocar. Nanami entrou afrouxando a gravata e respirando fundo, ele parecia mais cansado que o normal.

- Sinto muito por ter sumido, eu realmente estive meio atarefado - ele diz se aproximando do balcão.

Talvez ela estivesse mais apreensiva em relação a ele do que imaginava, sentiu um peso saindo de seus ombros quando ele adentrou o cômodo justificando seu desaparecimento, s/n ficou subitamente feliz em vê-lo.

- An.. tudo bem, já estamos fechando, mas ainda deve ter algo na cozinha, se quiser..

- Não se preocupe, vim apenas vê-la.

Nanami percebe a timidez da garota ao ouvir suas palavras. Ele não mentiu ao dizer que estava ocupado, ele realmente esteve, o principal motivo de seu sumiço foi como ela reagiria ao se verem novamente, era de se esperar que ficasse sem jeito, havia sido a primeira vez que fazia tantas coisas com um homem, era natural ficar sem graça quando o visse pessoalmente de novo

No fundo Nanami sabia que precisava se afastar, estava metendo uma humana comum em algo perigoso, ela nem era capaz de ver maldições

- Sem piadinhas hoje? - brinca

- Infelizmente eu não tive tempo de prepara-las, meu senhor - ela rapidamente entrou no jogo.

- Teve três dias de folga da minha presença e lhe faltou tempo? - rebate com a sobrancelha arqueada.

- E aí está o seu lado narcisista novamente, Senhor Kento, mas sinto em lhe informar que minha cabecinha tem outros pensamentos mais recorrentes.

- Então você pensa em mim mas não recorrentemente?

- An.. é.. você ta com a língua afiada..

- consequências de estar em contato com a sua energia jovial

Ela riu enquanto ele a ajudava a fechar as portas do estabelecimento. O homem se ofereceu para levá-la em casa, estava tarde e seria perigoso sair sozinha. A atmosfera dentro do carro era boa, não precisavam conversar, o silêncio era agradável, apenas aproveitando a companhia um do outro.

Com a cabeça encostada no vidro, S/n via o carro passando lentamente ao lado de uma praça, algumas crianças corriam e se jogavam na areia, tinha um senhorzinho com seu carrinho de picolé em um dos bancos servindo alguns garotos naquela noite quente.

- Vamos tomar um picolé? - ela diz virando de supetão, nanami é pego de surpresa - Oh desculpa, você deve estar cansado, fica pra próxima - sorri se virando para frente e arrumando a postura no banco.

Kento sorri e estaciona o carro.

- Sério, não precisa, a gente pode marcar depois e.. - ela para quando ele aperta a trava de segurança do cinto dela o soltando.

- Desce.

Ele tira o próprio cinto e sai do carro, S/n corre para acompanhá-lo. Eles foram até o senhorzinho simpático que os atendeu com um sorriso no rosto. Por causa do calor as vendas estavam boas, então não haviam muitos sabores restantes, nanami pegou um de chocolate e S/n um de morango, os dois caminharam pelo calçamento dando voltas na praça.

Imagine, Nanami!Onde histórias criam vida. Descubra agora