Nanami 8

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Esse mês não tinha começado bem, S/n tinha levado bomba na última prova, Nanami estava a dando mais espaço para focar nos seus estudos e como ele também estava atarefado, quase não tinham tempo juntos, ou sempre estavam cansados demais pra fazer algo que não fosse dormir. Nanami apenas a observava na porta do escritório e a lembrava de ir pra cama antes de acabar capotando na cadeira, como já havia acontecido.

Aquela tarde S/n tinha saído mais cedo do trabalho. Esperava conseguir cozinhar algo gostoso para os dois, havia tempo que não jantavam algo juntos, já até tinha enviado uma mensagem para ele, para não buscá-la no trabalho pois já estaria em casa. O plano quase infalível de S/n acabou com a cozinha cheia de fumaça enquanto ela tentava apagar o fogo da panela sobre o fogão.

Nanami entrou em casa e encontrou a neblina vindo da cozinha, tirou os sapatos todo de qualquer jeito enquanto quase caia no processo.

— S/n!!  — grita — S/n..

A garota molhava o pano de prato da pia para joga-lo sobre a panela.

— O que houve?

— Eu cochilei por 2 minutos na droga do sofá — virou rápido demais e bateu no copo que estava na beira da pia que se desmanchou em pequenos cacos de vidro pelo chão — Ta tudo dando errado.

— Deixa eu te ajudar.

Se abaixa estendam a mão para os cacosas ela impede.

— Sai! eu me viro — com a voz embargada.

Mas é claro que esse era um ótimo dia pra cortar a mão. E foi isso que aconteceu. Deixou tudo cair no chão novamente enquanto um fio de sangue aparece em sua palma.

— S/n.. — chama.

a levanta o rosto com os olhos inundados, tentava se convencer que eram por conta da fumaça. Estava ficando realmente difícil respirar alí.

— Vem!

Tão calma quanto a voz de Nanami eram seus movimentos, a guiando com cuidado até a sala, cuidando para não pisarem nos vidros.

— Espera aqui!

Sumiu pelo corredor e voltou novamente com uma malinha de primeiros socorros, higienizando a mão dela e verificando se não haviam pedaços de vidro alí. Depois do curativo feito, voltou a sumir casa a dentro. S/n não questinou, apenas puxou as pernas para cima do sofá e escondeu o rosto nos joelhos. Estava frustrada. Esperou por essa noite o dia inteiro, nunca havia cozinhado para Nanami, no máximo o ajudava a cortar os temperos, seria sua oportunidade de retribuir todas as boas refeições que ele ja preparou para ambos. Tudo que conseguiu foi estragar uma panela e um corte meio superficial não mão. Chorou baixinho enquanto alisava a pequena bola de pelo que era o gato de Nanami, ela não o via com frequência para ser sincera, Nanami dizia que ela era namorador por isso não parava em casa, ela ria, mesmo achando que um gato não devesse ficar tanto tempo na rua.

— Ei — a voz dele a tira de suas lamentações.Nanami sentou ao seu lado no sofá e afagou seus cabelos, o chão da cozinha ja estava limpo e as janelas abertas, a fumaça começara a se esvair aos poucos — Ta doendo? — apontou para sua mão.

— Não aqui!

— Onde dói?

Ela aponta para a própria cabeça e um pouco abaixo do umbigo. Ela estava menstruada. Ele obviamente sabia, então sabia o que essa dor significava.

— Certo.. — antes que ele pudesse levantar para buscar algo que a aliviasse, S/n segurou sua mão. Ele para, volta a se sentar. A garota encarava os joelhos — Não quer remédio? — ela nega. nanami segura seu rosto gentilmente entre as mãos e enxuga seu rosto molhado — Quer conversar? — ela nega — Tem algo que eu possa fazer?

Imagine, Nanami!Onde histórias criam vida. Descubra agora