Nanami 2

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S/n roía as unhas enquanto esperava pela resposta, ela havia acabado de mandar o endereço dela para que Nanami a buscasse em casa, estava quase subindo nas paredes quando o som de notificação a pôs em alerta.

Era um polegar pra cima, ele simplesmente mandou um polegar pra cima, ela murchou na cama, ela não sabia a idade dele, mas Nanami com certeza tinha uma alma velha.

Ela mecheu no aparelho enquanto esperava, eles não tinham conversado, Nanami apenas mandou mensagem se identificando e perguntando onde ele deveria ir buscá-la, ele não tinha recado e a foto de perfil era seu gato pintado, ela soube era dele pela mão grande com um relógio no pulso que acariciava o animal.

Suspirou virando de costas na cama, o que faria? talvez ela o tenha provocado demais, agora tinha que fazer o possível para sua inexperiência não transparecer, mas o que ela faria quando ele fosse colocar? deveria dizer que não faz isso a muito tempo e por isso ele deveria tomar cuidado? isso seria motivo válido o suficiente para o possível sangue no edredom? ela teria que fazer algo por ele também certo, mas como faria se o mais próximo de um pênis que ela já esteve foi na tela de seu celular? Levantou exasperada pelos pensamentos que lhe correu, por que ela estava pensando sobre isso afinal, eles só iriam jantar, ela estava apressando as coisas..

Uma buzina a tirou de seus devaneios, olhou pela janela e um carro estava estacionado em frente a sua calçada, Nanami saiu do carro e olhou em sua direção acenando, S/n levantou a mão e congelou por uns segundos analisando como ele estava. Vestia roupas sociais como sempre mas as calças eram de cores mais escuras, estava apenas de camisa social com as mangas dobradas até os cotovelos e mesmo dessa distância ela podia ver que os primeiros botões estavam abertos, ele estava sem os óculos também, ela quase comemorou a falta daquela gravata brega até ver uma pontinha dela saindo do bolso.

Só se deu conta da demora quando percebeu a cara confusa que ele fazia, ela desceu rapidamente tropeçando vez ou outra nos próprios pés, alcançou a maçaneta da porta e a abriu, mesmo de costas ela sentiu seu olhar queimando na nuca dela enquanto trancava a porta.

- Espero não ter te feito esperar - ele diz quando ela se aproxima. Ela tinha os olhos atentos na rua - Ta se escondendo de alguém?

- An.. o quê? não, não..

- Ta com vergonha de te verem comigo? - arqueou a sombrancelha.

- Quem tem vergonha de ser vista entrando nesse carrão? eu tô é vendo qual velha fofoqueira a gente vai ter que apagar quando os boatos começarem - ela deu de ombros, ele sorriu de lado - Oh droga, esqueci minha carteira.

Antes que ela se afastasse, ele segurou seu braço a mantendo no lugar.

- Não precisa.

- Eu vou me sentir mal se não contribuir com nada, e também não quero dar brecha pra você dizer que ganha mais que eu novamente - ela faz uma cara de indiferença enquanto se segurava para não ri, se perguntava se ele entenderia que não passava de piada, se acalmou quando ouviu o som anasalado de Kento.

- Nesse caso - limpa a garganta - Você paga da próxima.

Ela se virou meio envergonhada para ele que não a encarava, ele tinha o cenho um pouco franzido e encarava o outro lado da rua. Eles saíram novamente? ele diz isso porque ainda não se deparou com os maus dotes físicos dela. seu rosto queimou e ela deve que se afastar do toque dele para se manter sobre as próprias pernas.

- C-certo!

Kento abriu a porta do carro para que S/n entrasse e foi para o banco do motorista. O banco era extremamente confortável, a empolgação dela por estar em um carro chique foi tanta que ela até se esqueceu que estava envergonhada.

Imagine, Nanami!Onde histórias criam vida. Descubra agora