Entre mares e traições

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Estávamos há 14 dias enfrantando longas tempestades, sendo revirados que nem panquecas.

o Peregrino cachoalhava inteiro, sendo invadido pelas águas do oceano.

_ Bom, estamos presos aqui com meias porções diárias de água e comida para duas semanas no máximo.. - Driniam falou enquanto estávamos na cabine de comando - Essa é a última chance de voltarmos majestades. Ninguém garante que vamos avistar a estrela azul tão cedo. Não nessa tempestade. É uma agulha no palheiro esse lugar chamado Ramandu. Passaremos direto por ele até cairmos na beira do mundo.

 _ Ou ser devorados por uma serpente.. - Ed completou, olhando para Driniam com desdém.

_ Só estou dizendo que os homens estão nervosos.. - o capitão respondeu irritado - Estamos navegando em mar estranho, do tipo que eu nunca vi na vida... - suspirou - Vou voltar ao meu posto. Mas quem avisa, amigo é. O mar prega peças malvadas na mente da tripulação. Bem malvadas.

Driniam colocou sua capa de chuva antes de sair da cabine. 

Caspian, Edmundo, Lúcia e eu trocamos olhares tensos.

[...]

O navio balançava muito por causa da tempestade, me fazendo acordar durante a madrugada. A luz fraca da vela que iluminava o meu camarote tremia.

Me levantei, calçando um sapato e indo em direção a porta. Atravessei o corredor mesmo em meio aos balanços e alcancei a maçaneta da porta, abrindo o outro quarto e entrando. 

Me enfiei embaixo das várias camadas de cobertores até chegar ao topo, abraçando o garoto sonolento. Edmundo, ainda inconsciente me puxou para si e me aconchegou em seus braços, suspirando satisfeito e voltando ao seus sonhos. Rapidamente adormeci. 

_ Quando foi que você chegou aqui? - ouvi Edmundo perguntar.

Eu estava sentada na cama, sozinha, com a cabeça entre meus joelhos. Havia acabado de acordar e ele já não estava mais aqui. Olhei em direção ao meu noivo, que sorria na porta de seu quarto.

Ed jogou uma maçã pra mim quando fechou a porta e eu a peguei, dando uma mordida.

_ Faz pouco tempo. Não consegui dormir por causa da tempesdade. Vim ficar com você, mas dormia tão bem que nem quis te acordar. 

_ Me assustei quando acordei.. - ele riu, tirando seus sapatos e subindo na cama comigo.

Ficamos conversando até eu terminar de comer o lanche que Edmundo trouxe para mim. Ainda era madrugada, ele saiu para ver como o navio estava e retornou para o quarto.

Ed se deitou na cama e me puxou para ele. Logo, começou a me beijar. O beijo de início era calmo, mas senti ele ficar cada vez mais voraz, até que ele me virou na cama, ficando por cima de mim e me prendendo.

Edmundo se pôs entre as minhas pernas e distribuiu beijos pelo meu pescoço e busto quando nos separamos por falta de ar. O clima estava começando a esquentar entre nós e só me dei conta do que estava acontecendo quando sua mão apertou uma de minhas coxas que rodeavam sua cintura e eu soltei um leve gemido, sentindo o volume que se formava na calça dele.

_ Ed.. - me afastei - Melhor não... nós não...

_ Certo, tudo bem.. - ele se afastou, se sentando na beirada oposta da cama - Me desculpe, nós... eu.. eu me empolguei.  

_ Só acho melhor.. a gente parar por aqui.. - falei levemente constrangida, ainda notando o volume no meio de suas pernas.

Ed pegou uma das almofadas e apoiou em seu colo, assentindo e ficando completamente vermelho assim que percebeu sua situação. 

Entre Reis e Guerras • || Edmundo PevensieOnde histórias criam vida. Descubra agora