"Oi. Sou eu, a Ayla, aquela da festa — obviamente, né tonta, minha mente caçoa — Você me deu seu número, enfim."
Antes que eu pudesse apagar as mensagens, meu dedo faz questão em apertar no "enviar" contra minha vontade. Merda, ele vai me achar uma idiota.
Rapidamente, meu celular apita demonstrando que chegou mensagem.
"Aylinha, achei que não me chamaria. Ainda bem que especificou que é a Ayla, porque haviam tantas Aylas naquela festa..." Bryan debochou.
"Bobo, não critique meu nervosismo assim ou sofrerá sérias consequências."
"Haha, Aylinha. Enfim, por que saiu daquela forma tão depressa? Falei algo errado?"
"Não, de forma alguma. Precisei fazer algo com urgência."
Assim que mando essa mensagem, me recordo dos momentos passados ao lado de Kurt.
E novamente, aquelas palavras me assombram. Nossa ligação.Eu e Bryan passamos metade da madrugada conversando sobre assuntos aleatórios. Dou risada com as figurinhas de bichinhos fofos que ele me envia, e o provoco chamando ele pelo apelido que agora sei que ele definitivamente detesta. Bryanzinho.
Minhas pálpebras pesam e o sono toma conta do meu corpo, me despeço rapidamente de Bryan, que com certeza deve ter rido pela forma errada que as palavras acabaram sendo enviadas, acho que um: "Tw cpm sono. Dprmir"
Deito minha cabeça sobre o travesseiro e enfim permito que meu corpo descanse totalmente, afinal, depois da noite conturbada, eu diria que eu mereço uma boa noite de sono.
{••••}
Batidas e mais batidas na porta. Ouço a forma repetida e ligeira com que a pessoa atrás bate, e rapidamente meu cérebro prontifica em saber que só uma pessoa nessa casa está por trás daquele porta: Kurt.
Sinto um frio na barriga ao caminhar até a porta, suspiro e giro a maçaneta devagar, abrindo a porta de forma lenta e encarando aquele par de olhos verdes.
Kurt não espera nenhuma resposta ou reação minha e entra em meu quarto sem minha permissão, fechando a porta.
- A casa é sua, a vontade. - o provoco e logo me arrependo diante da noite difícil que ele teve ontem.
Espero alguma palavra grossa sair de sua boca, mas para a minha surpresa, vejo um lindo sorriso se formar em seus lábios e uma risada gostosa ecoar pelo quarto.
- Você é engraçada. - ele repete as mesmas palavras de um dia recente, no mesmo tom irônico.
- Por que fica me chamando de engraçada? - desvio o olhar e logo volto a encará-lo.
- Porque você... - ele dá passos lentos até mim, se aproximando mais. - Você é.. - sinto sua respiração pela proximidade em que estamos, e noto o encarar meu corpo de cima a baixo, o que me faz arrepiar. - Engraçada.
- Acho que não foi isso que você queria dizer. - ergo a cabeça para encará-lo.
Ele solta um sorriso sacana no rosto e leva seu indicador até meu queixo, segurando-o.
- Foi exatamente isso que eu quis dizer. Que você é engraçada, Ayla. Ou você tem alguma objeção?
A proximidade de nossos corpos. A sua respiração, o seu olhar, o seu sorriso. Puta merda, quero beijar esse homem.
Repreendo meus pensamentos rapidamente dando alguns passos para trás. Kurt percebe e vem caminhando até mim, e novamente, ando para trás até bater as costas sobre a porta.Ele leva sua mão até minha nuca e entrelaça seus dedos sobre meus cabelos, puxando-os, fazendo com que minha cabeça vá para trás, e me olha nos olhos. Estremeço totalmente com seu olhar firme sobre mim.
Ele aproxima seu rosto do meu, e sinto o seu hálito quente sobre meu queixo. Ele pousa seus lábios no mesmo, me fazendo fechar os olhos e apertá-los, e então sobe sua boca, encontrando a minha e rapidamente adentrando sua língua quente dentro da minha boca.
Você precisa impedí-lo, Ayla. Faz alguma coisa. Diz alguma coisa. Merda, só faz qualquer coisa.
Claramente meu corpo não obedece a minha mente, fazendo com que minha língua encontre a dele.
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𝐑𝐄𝐕𝐄𝐑𝐒𝐄 𝐒𝐂𝐑𝐄𝐀𝐌𝐒
Romance- É ele! - alerta a garota a minha frente, enquanto me viro lentamente para encarar os olhos daquele homem muito maior do que eu. - Eu finalmente te encontrei. - sua voz grossa faz com que a minha pele se arrepie, e sinto um frio tomar conta da minh...