28.

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Seu cabelo molhado o deixa ainda mais sexy que o normal. Aproveito ao máximo que posso esse momento. O momento em que posso me desligar de tudo e de todos e focar somente nele. Detesto — amo. — a maneira como ele me provoca, esperando que eu implore para que ele me dê o que quero. Não consigo raciocinar muito bem quando sua língua passeia por toda a extensão do meu pescoço e desce até meus seios. Sua língua úmida e quente brinca com o bico do meu peito, e sua outra mão o aperta.
— Kurt.
Suspiro forte ainda tentando manter o controle. Sua outra mão livre desce de forma torturosa e lenta até minha buceta.

•••

Enrolo a toalha sobre meus cabelos e me arrependo por ter os molhados tão tarde da noite, ou melhor, madrugada. Já são 2h e ainda estou deitada, encarando o teto. Kurt está ao meu lado, parece me observar com atenção e me pergunto no que está pensando.
— Por quê está me olhando desse jeito?
Sinto minhas bochechas queimarem e rapidamente levo minhas mãos para cobri-lás.
— Em você.
Ele diz sem rodeios. Simplesmente diz.
— Em mim, como?
Me viro para poder observá-lo melhor. Seus cabelos ainda estão molhados e levo meu dedo involuntariamente até uma mecha de seu cabelo, a enrolando.
— Gosto de te olhar. Na verdade, para ser mais sincero, gosto de muitas coisas quando se trata de você.
Posso sentir meu coração acelerar. Desvio o olhar e tento encontrar qualquer outra coisa para poder me agarrar e sumir diante dela.
— Não sei o porquê, mas não consigo acreditar nisso.
Digo e estou sendo sincera. Não encontro motivos para que o que ele diga seja verdade, sendo que há algumas semanas atrás ele mal fazia questão da minha existência.
— Eu entendo, sei que deve ser difícil de compreender, até para mim mesmo é. Mas é o que eu sinto, de verdade.
Concordo com a cabeça e então volto a encarar o teto branco para não ter que responder mais nada. Sinto o peso de seu olhar ainda sobre mim.
— Para de ficar me olhando!
Reclamo, irritada.
— Ou o quê?
Ele me provoca e seus lábios formam um sorriso perverso. Ele gosta disso, de me tirar do sério.
Me cubro com o cobertor em resposta para que ele não possa mais me olhar. Ele puxa o cobertor e isso me irrita ainda mais. O fato de eu gostar que ele me olhe consegue vencer. O encaro também, mas agora são seus olhos que me roubam a atenção. A intensidade dentro deles, algo tão profundo que me faz ter vontade de mergulhar sobre eles. Sinto meu corpo amolecer e estar com os olhos abertos já é dificultoso. Fecho-os.

𝐑𝐄𝐕𝐄𝐑𝐒𝐄 𝐒𝐂𝐑𝐄𝐀𝐌𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora