Ponto de vista do Bernardo
Uma semana se passou desde que eu encontrei meus irmãos no bar e eles tiveram a satisfação de pegar no meu pé. Eu e Miguel só conseguimos realmente sentar para conversar sobre morarmos juntos no domingo passado, à noite. Isso porque ele saiu de fininho na mesma manhã e foi ao mercado, voltando com 5 vidros de molho agridoce. Bom, não preciso dizer que tipo de refeição ele fez.
Eu ainda não sou o cara que usa apelidinhos, mas com Miguel, bem, é impossível não chamá-lo de amor. E aqui estou eu, na cozinha, preparando o café. Na verdade, estou tentando me manter ocupado, porque se eu pensar demais vou enlouquecer. hoje é o dia de conhecer a família do Miguel. Melhor dizendo, conhecer os pais dele. Nada mais justo, já que ele teve aquele encontro fatídico com meus irmãos e foi praticamente arrastado para a casa da minha mãe. Então agora é minha vez. Meu nervosismo só está sob controle porque sei que Lucas e Sara estarão lá e mal posso esperar para vê-los de novo!
A mesa do café já estava posta e eu estava acabando de colocar o prato com paquecas na mesa. Quando faço menção de ir acordar Miguel, vejo-o parado no batente da porta da cozinha, me olhando, com os braços cruzados.
- Bom dia! - Digo sorrindo para ele.
- Desse bom dia seco eu não gosto. Vem me dar um beijo... - A forma como ele me encara, com os olhos escuros de desejo, me dá arrepios.
- Miguel! Se eu for aí, a gente vai conseguir tomar café? - Ele me olha de cima a baixo.
- Claro que sim! Aliás, quanto molho agridoce a gente ainda tem em casa?
- Miguel!!!!!!
- Me chama de amor, vai?
- Você é louco???!!!! Você se lembra que hoje é dia de encontrarmos seus pais???!! Nada de molho agridoce!!!! E nada de amor também!! - O que é que eu estou ensinando para ele??? Será que eu criei um monstro???!!!
- Não sabe nem brincar... - Mas que cretino!!!! Usando minhas palavras contra mim? Me provocando dessa maneira!!! Bem, ele conseguiu fazer meu autocontrole desaparecer.
- Eu vou mostrar a você agora mesmo quem não sabe brincar...
Três horas e dois vidros de molho agridoce depois....
Ponto de vista do Miguel
Claro que saímos atrasados... de novo. Mas eu não me arrependo. E sei que minha família não vai se importar. Eu contei aos meus pais sobre Bernardo, mas claro que eles já sabiam, porque Lucas e Sara só sabiam falar no tio Bernardo e o sábado no parque de diversões. Eu expliquei por alto a eles que era apaixonado por Bernardo há muito tempo, mas que só ficamos juntos agora.
Quando eu paro o carro e olho para Bernando, ele está de olhos fechados, respirando fundo. Ele está nervoso?
- Bernardo, amor, fala comigo. - Eu coloco a mão em sua perna e ele se vira devagar para mim.
- Será que seus pais vão gostar de mim?
- Eles não vão gostar... eles vão te amar. Assim como eu te amo.
- Amor... - E eu o silencio com um beijo.
- Vem. As crianças estão esperando por você.
Assim que chegamos perto da porta, meus sobrinhos vêm correndo em nossa direção.
- Tio Miguel e tio Bernardo!!!!!!
De longe ouvimos a voz de Carolina:
- Não corram para não se machucarem!!!
Mas as crianças já estavam abraçadas conosco e falando sem parar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Persuasão (Livro 2 da Série Akai ito)
RomancePLÁGIO É CRIME! Estória original, escrita por mim, com personagens de minha autoria. Proibida a reprodução total ou parcial!!!!! Quando você se vê desesperado e sem saída, e alguém te oferece uma solução cujo preço pode ser alto demais, o que você f...