ARQUIVO 26: FACE YOURSELF

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 ola

Aconselho usar a música de fundo no final

Eu de novo, boa leiturinha

DO PONTO DE VISTA DO JM FOI ASSIM:

JIMIN

— Jungkook... — foi o que chamei, assim que subi de volta das profundezas daquele reservatório, olhando ao redor e tentando esfregar a água acumulada nos meus olhos. 

Tudo estava absolutamente escuro ao meu redor, mas eu não ouvia outra respiração desesperada como a minha, e isso imediatamente me deixou alarmado. — Jungkook! Gritei nadando um pouco para longe da porta da qual caímos, tentando chamá-lo, ainda sem sucesso. — Porra... — murmurei já com coisas ruins rondando minha mente, quando afundei de novo.

Abrir os olhos era inútil, porque o breu era absoluto ali, deviam ligar luzes só à noite para evitar o crescimento de certas bactérias e fungos... Se bem que este tanque deve ser constantemente higienizado... Jungkook... Jungkook...

Com as mãos enquanto nadava eu tentava apalpar qualquer coisa, só encontrando água mesmo depois de sentir que tinha nadado o suficiente para chegar até o outro lado e quase afogar. 

Sem escolhas fui até a superfície, percebendo que ainda estava longe das paredes. Essa porra é mesmo enorme.

— Jungkook! — voltei a gritar nadando de volta, encontrando algo macio e puxando para cima.

— Para de me gritar. — ele respondeu, ainda ofegante quando foi puxado, e ia xingar quando olhamos ao redor. Ele encarava as torneiras abertas o metal reluzente sendo um reflexo naquela penumbra.

Meus olhos aos poucos se acostumaram com a escuridão, ainda era quase impossível enxergar o que estava a mais de dois metros, mas estando extremamente perto pude ver seu rosto minimamente, e concluir que era realmente ele quando minha mão alcançou sua cintura. Ele respirava bem.

— Aonde diabos se meteu? Gosta de fingir que se afogou para me preocupar? — questionei irritado e ele bufou em resposta.

— Quem estava fingindo? Eu morei quase a vida toda na rua, aonde acha que eu teria a oportunidade de aprender a nadar? — ele devolveu.

Ponderei por um momento. É claro que ele não sabia, devia ter caído e se desesperado tentando se agarrar à escada vertical acoplada à parede, enquanto eu nadava o procurando na escuridão.

Falando em escuridão, talvez esse fosse o motivo do meu coração disparado.

Deixando de lado o medo de ele ter se afogado, olhando em volta eu tinha outros medos com os quais lidar. A água fazia aquele barulho típico, e mesmo que fosse um reservatório não era difícil imaginar que alguma criatura ou animal poderia me arrastar para o fundo, por estar escondida nas sombras. Porcaria de escuridão.

— Por que demorou a voltar? — ele questionou, mais perto desde que me aproximei, já cansado de me manter parado na superfície nadando.

— Eu estava te procurando, óbvio. — respondi, impossibilitado de cruzar os braços, apenas revirando os olhos. — Você nunca respondia, eu pensei... 

Ele ficou em silêncio, sua respiração já voltando ao normal, bem de perto. — O que tem na cabeça, vindo a um lugar desse sozinho? 

— O que você tem na cabeça, vindo atrás de mim? Ninguém te chamou. — ele respondeu afiado como sempre, e eu estreitei os olhos mesmo que ele não pudesse ver. — Hmn... — ouvi resmungando, se mexendo na escada.

— Não se mexa demais, eu vou cansar logo, se essa escada se soltar não vou conseguir te socorrer.

— Não posso parar de me mexer, ou não vou conseguir andar depois para fugir. A água está congelando.

[CONCLUÍDA] OPIUM (LIMINAR) | Jikook |Onde histórias criam vida. Descubra agora