[CONCLUÍDA] OPIUM (LIMINAR) | Jikook |

ARQUIVO 14: 4 O'CLOCK

OI

Leiam com atençãozinha porque a parte do jk e do jm são atuais, voltando de onde o último capítulo parou, mas a narração do Tae é de várias partes da história até agora. NÃO é exatamente cronológico, tem saltos.

:)

Quando as madrugadas são a única companhia.

JUNGKOOK

🎲

Era quase natal. Em cima daqueles carros, naquela altura e fazendo algum esforço, eu via algumas luzes verdes e vermelhas ao longe, nas casas de quem se importava.

Eu e Jimin bebemos, e depois em algum momento, do qual não me lembro corretamente, acabamos saindo do ateliê.

Nos esgueirando pela rua, indo para o ferro velho, por motivo nenhum, correndo risco de que fôssemos vistos por algum drone, por nada.

Eu nunca tinha visto Jimin gargalhar, e com a bebida ficou difícil gravar a risada associada ao rosto, mas eu conseguia me lembrar do som, e imaginar separadamente como seu rosto se parecia, enquanto estava rindo. 

Talvez eu tenha rido também, e não conseguia parar, nada sóbrio, me esbarrando nas velharias no caminho, enquanto o seguia, aceitando sua mão quando me puxou para cima de um dos carros, fazendo meu corpo cair sobre o seu.

E ali eu fiquei por minutos, rindo com ele, pulando em cima daquelas coisas, errando e acertando.

Nosso momento melancólico juntos na entrada do ateliê, há cerca de uma hora atrás, parecia uma memória quase distante.

Quando nos acalmamos, ficando quietos quando uma luz iluminou a entrada do ferro velho, eu pensei por alguns minutos, em silêncio.

Rir era uma coisa que eu não fazia com frequência.

Sorrir não era algo que eu fizesse, com alguém fora da fraternidade. Com eles era difícil, e com Jimin pensei que seria impossível. É claro que era pela bebida, mas isso não anulava o fato de que era ele ali.

Ergui meu rosto, encontrando o seu, de olhos fechados. 

Não me lembrava de ter bebido assim antes, eu geralmente desistia, ao sentir o gosto enquanto experimentava algo que E'dawn trazia.

Parei no lugar, notando como estava me aproximando mais e mais de sua boca, ao me lembrar de Holland, o real motivo pelo qual eu tinha parado ali, novamente.

E um dos motivos pelos quais eu não deveria estar nos braços de Jimin, prestes a beijar sua boca.

Mas isso não me parou, pelo menos não naquele momento.

_Essa é a nossa despedida? _ele sussurrou a pergunta, abrindo os olhos, encarando o céu enevoado.

Holland iria voltar, e nós iríamos embora. Antes disso, eu não deixaria o ateliê.

Eu realmente precisava que grandes coisas acontecessem, para ser empurrado da inércia. 

Minha inércia naquele momento, era o movimento que fazia com Jimin, naquela relação que começamos. Confusa, que não nos levaria a lugar nenhum, mas inevitável.