AVISO: lembram que OPIUM tem gore, mortes e violência, por mais que tenha FINAL FELIZ? Lembram né? (os personagens principais não morrem, mas Hoseok que perdeu uma perna é um exemplo de que certas coisas atingem eles sim). Eu já tive diagnóstico de depressão, mas agora estou bem, e sei que de fato, quando estamos no fundo do poço as coisas são mais que complicadas. Então cuidado ao ler, e também tentem enxergar os personagens com o máximo de humanidade possível
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"Nós matamos nosso caminho para o paraíso"
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Eu estava embalando a lona que tínhamos usado para cobrir uma falha numa parte do telhado, mas que agora eu tinha consertado, quando olhei pela fresta do portão, vi uma moto branca parada. De policial. Era tarde, mas ainda não tinha passado de meia noite.
Eu poderia ficar alarmado, se ele não tivesse tirado o capacete, tão logo quando desceu da moto, puxando com os dedos o cabelo azul, para trás, olhando para o prédio da garagem.
Suspirei, apoiando a testa contra a parede. Não agora, Jimin.
Neguei, escorando a mão na manivela do portão. Eu já estava sendo atormentado com a ideia de ir atrás dele desde cedo. E a situação piorou, quando acabei ficando sozinho numa virada de ano, depois de discutir com Hoseok Hyung.
Justamente sobre Jimin.
E com ele na minha porta, o que mais eu deveria fazer?
Ele encarou o prédio prestes a buzinar, mas talvez tenha visto as luzes acesas no andar de baixo. Talvez até conseguisse me ver ali, parado feito um idiota atrás do portão. Ergui a cabeça, vendo quando recolheu a mão esticada, colocando nos bolsos e se aproximando devagar, se escorando de costas na parede. Ele ficou em silêncio por um momento, e eu também.
— É você? — ouvi ele perguntar. Claro, ele realmente conseguia ver. Maldito portão, por que ninguém arrumou isso antes?
Apertei melhor o nó da corda que segurava a lona.
— Eu pensei o que iria fazer para te chamar. E em como fazer você descer, Rapunzel.
Revirei os olhos, ele tinha essa mania de fazer referências estípidas e velhas demais. Só entendia algumas porque meus primos tinham uma tevê de bolso, que durou seis meses antes que meu tio quebrasse pela primeira vez com as drogas, e acabasse vendendo.
Aliás, não sabia bem como me referir a aquele homem quando me lembrava dele. "Meu tio" é pessoal demais. "Irmão da minha mãe" soa como uma afronta.
De qualquer maneira... Jimin. — O que veio fazer aqui? — questionei.
— Está sozinho? — ele ergueu as sobrancelhas.
Não respondi de novo, suspirando e me escorando no portão. Pela fresta conseguia ver seu perfil, ele encarava a rua, numa expressão neutra, a mesma que costumava me irritar.
— Não devia estar trabalhando? — perguntei. Ele deu de ombros.
— Eu estou, tecnicamente. Mas não do jeito que eles pensam. — Jimin respondeu e eu voltei a revirar os olhos, cruzando os braços. — Convencer Jeon Jungkook é um trabalho e tanto, não acha?
— E no que está tentando me convencer?
— Esta escuro demais ou você realmente está com uma cara emburrada? — ele mudou de assunto, se inclinando um pouco e olhando diretamente para mim. — Deixa eu adivinhar. Hoseok Hyung de novo.
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[CONCLUÍDA] OPIUM (LIMINAR) | Jikook |
Fiksi Penggemar[+18] Jimin é um oficial de Polícia, trabalhando na Capital, Seul. Jungkook, é alguém que sempre viveu o pior lado da realidade. Ele nutre suspeitas e sentimentos ruins por Jeon, mas em meio ao relacionamento conturbado, acabam se envolvendo, por ma...