my curse

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-Gata levanta, quero te levar a um lugar.- O ouço sussurrar em meu ouvido.

Se passou um dia desde que chegamos, Luci está lidando bem com tudo e todos, principalmente com o irmão mais novo de Connor. Eu sigo encantada pelo seu povo, seus costumes e crenças. Marie me ensinou muito nesse meio tempo sobre tudo o que pode e sobre Connor.

Ela me ensinou muito sobre Connor. Descobri que ele tem alergia a abelhas, sua cicatriz no rosto foi causada por uma briga de bar, seu passa tempo favorito era assistir novela com a mãe e que ele nunca, nunca desrespeitou uma anciã.

Ele tinha comentado que não acreditava muito na luta da tribo, mas... Seu respeito prevalece.

Connor é um homem de ouro.

Vê-lo com seu irmão, rindo e colocando o papo em dia faz meu coração aquecer. E eu estranhamente me sinto bem acolhida aqui.

-Aura?- me chama novamente.

-Hm... Tô acordada.- resmungo.

-Então vamos.-

Olho para o relógio antigo na mesa de cabaceira e o horário indica 6:45AM. Cedo para um caramba.

Connor sobe as mãos grossas por minha silhueta sob o edredom quente:

-Okay, tô indo.- digo me levantando meio zonza e encarando seu sorriso cafajeste.

Me arrumo de forma simples e Connor me entrega uma garrafa térmica enquanto saímos em silêncio da casa de madeira, Luci ainda deve estar dormindo e eu a invejo.

Subo na picape e fico em silêncio, ouvindo os pássaros cantarem e a brisa gelada da manhã.

Mal percebo quando fecho os olhos mais uma vez.

-

-Dorminhoca, está na hora de abrir os olhos.- Connor diz e sei que está com um sorriso no rosto.

Abro os olhos e encontro um lindo campo aberto, a grama é linda e há flores de lavanda por todo o campo. Mas o nascer do sol, inabalável.

As cores entre laranja, rosa, amarelo e roxo estão presentes de uma forma que eu nunca vi:

-É lindo né?-  Connor pergunta olhando diretamente para mim e para meu olhar encantado.

-É! Claro que é!-

-Eu vinha aqui, geralmente quando não queria ir para a escola ou quando queria fugir de problemas... Esse lugar me acalma.- suspira. - Mas tenho mais coisa pra te mostrar.- diz e me puxa pela mão.

Adentramos na floresta e andamos um pouco mais, Connor parecia conhecer o lugar muito bem.

Sobe em cima de uma pedra:

-Voíla.- diz apresentando a pedra.

-Uma pedra?-

-Um esconderijo de adolescente, com muito tesão e muitas gatinhas.-

Reviro os olhos e gargalho, ele me ajuda a entrar na caverna e vejo uma fortaleza, para uma criança de 16 anos.

Garrafas de bebidas, pinos de alguma droga desconhecida por mim, algumas camisinhas lacradas:

-Esse era o seu paraíso.- digo.

-Era o meu reino.- sorri e começa a procurar algo entre os vãos das pedras - Achei.-

Vejo uma arma em sua mão:

-Agora entendo porque você era o membro perigoso da tribo.- digo brincando, Connor sorri, mas há pesar em seu olhar.

Então passamos as próximas horas da manhã conversando.

-

- Esse lago é o mais limpo do estado.- diz.

Wolves - Jason Momoa (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora