search

1.6K 104 15
                                    

uma semana inteira se passou, e eu devo ter negado qualquer coisa relacionada aos meus pais biológicos milhares de vezes. 

Connor tentou me ajudar no quesito L "lobo" mas eu me nego.

estou em negação com tudo.

não é que Connor tenha mudado, ele continua sendo um babaca, continua colocando medo nos moradores de Lupine e ameaçando quem ousar cruzar seu caminho, mas ele anda bem presente nos meus dias, mesmo que seja só pra me esperar dormir.

ele faz isso quando soube que eu andava tendo pesadelos, constantemente.

Luci está sendo mais racional com toda essa situação, e toda vez que me vê tenta me convencer em saber a verdade, ela diz que é meu direito:

-TABOM Lucinda, tabom. - digo me rendendo - se não encontrarmos nada o você desiste dessa ideia.- 

-Fechado, vai pegar uma mochila e a picape, já encontro você no trailer.- diz saindo.

droga...

não é que eu não queira saber da verdade, mas eu não quero relembrar tudo o que vivi.

vou rapidamente até o trailer arrumando uma mochila com roupa extra, algumas coisas que acho que talvez iremos precisar, nunca se sabe. logo ouço a voz de Luci no lado de fora, abro a porta e dou de cara com Connor:

-O que ele faz aqui?- pergunto.

-Você achou mesmo que eu iria levar a gente em direção a morte sem o Connor? antes ele do que a gente.- diz dando de ombros.

-Que sentimental.- digo querendo rir da cara que o grande homem faz.- Vamos logo quando mais rápido isso começar, mais rápido termina. E você dirige.- digo jogando a chave para Connor.

-Admite que ta doida pra descobrir. Connor diz vindo em minha direção. - Lobinha.- sussurra no meu ouvido.

o arrepio é instantâneo mas não me deixo abalar.

-E a Hayley?- pergunto.

-Alguém tinha que ficar cuidando do bar, se não os brutamontes iam acabar com tudo.- luci diz

entramos no carro e logo ficamos apertados, Connor é muito grande.

-Essa picape tem três lugares ou dois?-

-Reclama com seu amiguinho.- digo em sarcasmo olhando para o homem ao meu lado.

nossas coxas estão encostadas e qualquer movimento mal calculado de nossos braços podemos tocar em lugares no qual não queremos.

Lucinda pelo menos tem uma janela pra ela:

-Se quiser colocar a cabeça pra fora, eu dirijo.- digo pra implicar.

-Vai se ferrar.- ele responde e liga a picape lendo em direção a grande subida e em poucos minutos vejo a placa de despedida de Lupine Ridge, Montana.

-Alias pra onde vamos?- Lucinda pergunta.

-Eu não sei onde vivem meus pais Biológicos, então infelizmente, vamos ter que voltar na casa dos meus pais adotivos. Vamos pra Oregon.-

-Caralho...- Connor sussurra.

As quatorze horas de carro foram sufocantes, paramos algumas vezes, minha bunda estava quadrada e minha ansiedade estava me matando. quando voltamos pra estrada eu tomei posse do volante, o vento fresco em meus cabelos, aquela estrada que eu sabia de cor mas fugia como tudo o que temo.

estou com medo de ver meus queridos "pais" novamente, mas sei que tenho esses dois aqui comigo.

que estranhamente considero o mais perto de família que eu tive.

olho pro lado e logo vejo Luci dormindo e Connor me olhando, seus olhos tem um brilho diferente.

único:

-Devo me preocupar?- pergunto baixo.

Connor sorri e logo desvia o rosto pra outra janela:

-Você sabe, que mesmo eu sendo quem sou, vou estar te apoiando, não sabe? na primeira vacilada que você quiser ir embora, nós vamos sem pestanejar.- diz.

-Obrigada.- digo baixo, a tarde se instala e eu desejo realmente estar em qualquer hotel de estrada quando a noite chegar:

-Connor, quando eu vou me transformar?-

-A lua cheia foi embora, por sua sorte. fica tranquila, quando chegar a hora eu estarei lá.-

suspiro e volto minha atenção completa na estrada.

sem muita demora estaciono na frente da grande casa bege:

-é aqui?- pergunta lucinda já acordada.

-Sim, o nome dele é Vance e o dela Kimberly. -

-Vamos lá- diz Connor logo saindo da picape.

rapidamente saio e sigo na frente dos outros dois, tenho certeza do poder que o tamanho de Connor traz e com certeza, se precisar vou usar isso a meu favor.

bato na porta e escuto um " já vai" feminino. Kimberly.

ela abre a porta e seu olhar viaja pela lucinda e Connor com um sorriso, mas quando seu olhar cai em mim o mesmo se fecha.

ela tenta bater a porta mas impeço com meu pé:

-Oi mamãe.-

Yaaaahoooo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Yaaaahoooo

Ai gente
Obrigada por lerem até aqui!!!
Não se esqueçam de curtir e
comentar.

Aliás respondam uma pergunta é pro meu TCC:
Qual lugar de Washington vcs gostariam de viver?

Até a próxima 💕


Wolves - Jason Momoa (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora