telling the truth

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Acordo completamente nua, no chão da floresta úmida.

Não lembro de absolutamente nada além da insuportável dor:

-É normal.- Connor parece com a coberta de ontem a noite.- na próxima transformação você vai se lembrar.- diz me embalando. me abraçando.

estou dolorida, estou mal. então como uma verdadeira criança me desfaço em lágrimas, a dor que eu senti e a sensação de poder me assustou como nunca.

e se eu pudesse, não passaria por isso nunca mais:

-Você tá bem? - pergunto - não era necessário você fazer aquilo por mim.-

-Era sim. e sim, estou bem. já me acostumei.- diz simplesmente e me pega no colo. - Vamos pra casa.-

O caminho é lento e cuidadoso, então me aconchego em seu colo, sentindo seu cheiro. Connor com certeza já tomou banho, e eu com certeza, preciso de um.

Ele está firme como se nada estivesse acontecido ontem, como se aquela dor infernal não afetasse mais ele:

-No começo... Foi difícil pra você?- pergunto baixo e com dificuldade, pois todo meu corpo e respiração dói.

-Sim, eu não sabia o que estava acontecendo, não sabia o que estava por vir... Não tinha ninguém por mim ali, por isso quero que saiba que sempre vou estar por você.- diz me olhando.

-Você não foi procurar seu avô depois disso?-

-Meses, talvez anos, depois. Não sei ao certo, fiquei cego pelo poder e força. Eu não sou bom Aura, você sabe.- me responde.

-Você é bom pra mim.- digo simplesmente e fecho os olhos.

Sinto o cheiro de casa, da cabana, abro os olhos, finalmente sinto esse lugar como um lar:

-Eu preciso de um banho.- digo descendo do colo de Connor.

Mas o mesmo me impede de sair:

-Deixa comigo, você só relaxa hoje.- diz e me leva até o banheiro.

Afasta a coberta do meu corpo, voltando a me deixar nua. Em seu olhar não há luxúria ou desejo, há amor e carinho.

Liga o chuveiro quente e me guia delicadamente até a água bater com força nas minhas costas, gemo de dor, tudo dói.

Algumas outras lágrimas caem dos meus olhos e Connor faz questão de limpa-las:

-Você foi tão forte, tão corajosa. - diz - Eu te amo Aura.-

Sorrio ainda com lágrimas nos olhos, sem forças pra responder o abraço forte, tentando transmitir o mesmo sentimento, ele sabe o que eu sinto.

Ambos acabamos encharcados.

-

Lucinda veio me ver, mas eu estava dormindo no aconchego da cama, Connor diz que passei cinco horas dormindo, e eu me pergunto como ele consegue aguentar a barra.

Okay, sei que ele é um Sigma e tudo mais. Mas dói muito.

-Fiz café pra você.- diz o mesmo entrando no quarto e deitando seu corpo grande e forte ao meu lado, me abraçando em seguida.

-Obrigada.- sorrio cheirando seu pescoço, ele sempre tem esse cheiro tão bom.

Quanto tomamos coragem levantamos da cama e fomos tomar o café, já são três da tarde.

A mesa completa com pão, croissant, suco, café, e até alguns doces:

-A onde você arrumou isso?- pergunto.

-Fiz Lucinda comprar.- diz rindo. -Você merece, não pode negar.-

-Não vou negar mesmo, tô com fome.- digo e rapidamente sento pra comer.

Devoro metade a mesa em minutos e depois de um tempo o clima fica tenso:

-Acho que temos que falar sobre ontem.- digo e me sento no sofá esperando por Connor.

-Falar o que? Já aconteceu, não tem como mudar ou evitar.- diz.

Na verdade...

-Eu tenho que ser sincera com você, porque você é em quem eu mais confio, mas não quer dizer que eu aceitei algo ou pretenda aceitar, só... Preciso contar pra alguém.- digo rápido.

-Vá em frente.-

-Quando fomos ver meus pais biológicos, lembra que Katy me chamou pra uma conversa particular?-

-Sim. Eu tentei ouvir, mas tinha algo atrapalhando, como um escudo, não consegui nada.- diz.

-Então, ela me contou sobre seus dons graças ao original que transformou ela. Sobre andar no sol e tudo mais.- digo e Connor concorda com a cabeça.  Então continuo - Ela diz ter um dom, que ninguém sabe, que só daria esse privilégio pra mim, caso eu queira.-

-E o que seria?-

-Híbrida.-

-O que?-

-Não precisaria sentir dor, não precisaria me transformar, seria forte...- digo.

-E o que garante que ela não estaria mentindo, eu não sei muita coisa sobre vampiros, nunca fiz questão de saber, mas não confio.-

-Eu também não, mas senti verdade nas palavras dela, desde então não consigo tirar da cabeça, e se ela quiser me ajudar, se redimir?-

-Você quer isso?- pergunta olhando nos fundos dos meus olhos e eu respondo com a maior sinceridade que cabe em mim.

-Eu não sei.-

Oi genteeee
Quanto tempo né rsrs
Desculpem a demora, mas eu estou um um PUTA BLOQUEIO CRIATIVO com a fanfic, eu juro que não sei explicar.

Espero que melhore, não vou escrever me forçando, porque sei que se fizer isso vou acabar desistindo, e não quero de jeito nenhum abandonar essa fanfic no meio.

Vou escrevendo e postando conforme eu me sinta confortável. Espero que entendam e não desistam de mim, do Connor e da Aura.

Por favor não me deixe KKKKKK

Até a próxima 💕

Wolves - Jason Momoa (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora