I will be with you

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Não consigo dormir, é um jogo perdido.

desisto de tentar e em passos leves vou para fora do quarto, pegar um vento talvez resolva. olho pro relógio de corredor, são três da manhã.

estamos no andar superior, então me sento na ponta, com o pés balançando, qualquer coisa pra me distrair. o vento gelado da madrugada alcança meu rosto me fazendo arrepiar, mas nada além disso:

- por um momento pensei que você foi pra Seattle e nos deixou pra traz. - Connor diz saindo da sombra do corredor.

- Não estava conseguindo dormir.- admito.

- Nem eu, mas já estou acostumado com isso.- o olho sem entender. - quando se é alguém como eu, raramente consegue dormir sem o medo de perder o controle.-

perder o controle...

-Eu não paro de pensar no que me espera quando ver eles, no que eu devo ouvir. não queria admitir em voz alta, mas estou com medo.- digo e suspiro.

Connor se senta ao meu lado e desde que o conheci nunca vi aparentar tanta calma.

-Não precisa, eu vou estar com você.- diz e então completa desviando o olhar - desde que você chegou, conseguiu mudar minha cabeça, meus planos, meu modo de pensar e agir. não consigo entender muito menos explicar o porque, mas eu sempre estarei lá por você Aura.-

sem pensar muito viro seu rosto em minha direção e calo seus lábios com o meu, toco sua barba e seus cabelos, sinto seus braços em minha cintura e nuca. o beijo se torna forte e preciso, quase como se nossas vidas dependesse daquilo, passo minha perna sobre a suas sentando em seu colo, num deslize posso cair daqui de cima, mas isso não vai acontecer, não enquanto as mão de Connor me segurar com tanta força como estão me segurando agora.

nossos lábios se desgrudam mas Connor continua seu trabalho no meu pescoço, puxo seus cabelos e ele parece amar isso.

paro e olho em seus olho:

-Obrigada.- digo num sussurro e termino tudo com um selinho. 

saio de seu colo e ficamos olhando a lua:

-Achei vocês, vamos dormir, amanhã será um longo dia.- diz Luci esfregando os olhos, com certeza só levantou pra achar a gente.

- bota longo nisso.- digo me levantando e a seguindo para o quarto.

-

estamos a quatro horas dentro dessa picape, a noite de ontem foi longa e eu só consegui cochilar quando Connor me "obrigou" a ir deitar na cama com ele, lucinda mal sentiu minha falta na cama.

agora estou entre os dois com a bunda quadrada e torcendo chegar logo.

-Meu deus eu preciso muito esticar as pernas.- comento.

- E eu ir no banheiro, no próximo posto para se não eu vou fazer aqui mesmo.- diz Luci.

-Se sair uma gota de xixi no banco da minha picape eu te mato.- surto brincando.

-Lobinha raivosa.- Connor comenta e graças aos céus percebo um posto de gasolina logo a frente.

Luci corre para o banheiro e eu pulo do carro esticando a perna e me alongando:

-duas horas, preparada?- Connor pergunta quando encosta do meu lado.

-preparada pra sair correndo só se for.- digo.

-Vou pegar uns salgadinhos pra gente, chegando em Seattle a gente come algo de verdade.- diz e vai em direção a conveniência.

Com o vidro claro consigo ver Connor entrando e a mulher do caixa abrindo um botão e arrumando os peitos. Clássico.

Sorrio maldosa e vou na mesma direção:

-Aonde você vai...- pergunta Luci quando passo por ela.

-Vou pegar um refri, já volto.-

Entro na conveniência sorrindo simpática pra mulher:

-Oi, você viu um homem alto, de barba e cabelo grande entrar aqui? Tava usando camisa de banda...- olho pro lado - Ah achei obrigada.- digo sorrindo.

-Amor, eu esqueci de pedir pra você pegar um refri.- digo alto, Connor levanta o olhar pra mim sem entender. - Entra na onda.- sussurro.

Abraço ele de lado e o mesmo olha em direção ao caixa já entendendo tudo, solta um riso silencioso:

-Quer qual refri gata?- diz agarrando minha mão.

Choques elétricos são distribuídos pelo meu corpo, e sinto que ele também sentou porque seu braço se arrepiou instantâneamente.

-Coca-Cola.- digo e o mesmo pega.

Seguimos para o caixa e Connor me abraça por trás, é engraçado eu ser baixinha e ele um poste ambulante. Mas ao mesmo tempo confortável sentir seu peitoral em minhas costas. Ele abaixa e distribui beijos em minha bochecha:

-Ficou quinze dólares.- diz a caixa com uma cara nada boa.

-Faltou isso.- Connor joga umas dez camisinhas pra moça cobrar.

Arregalo meus olhos e a mulher também. Ela cobra:

-Vinte dólares.-

Connor paga e logo saímos do local:

-Camisinhas Connor, sério?!-

-Você que inventou isso, eu só melhorei a brincadeira.- diz rindo.

Aiai.

-Ai que demora vocês dois, estão cheios de gracinha, Connor eu te mato.- diz Lucinda

-Relaxa aí e come.- diz rindo e dando um salgadinho pra ela.

- Só faltam duas horas.-

Duas horas pra eu saber tudo o que eu preciso, mas será que eu realmente quero saber?

Vocês precisam me amar por ter atualizado duas vezes hj.

Espero que tenham gostado! Fiz esse capítulo um pouquinho mais leve kkkk

Não se esqueçam de curtir e comentar!

Até a próxima 💕

Wolves - Jason Momoa (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora