Wolves - Jason Momoa (PAUSADA)

for this night

De volta ao lugar em que eu sinto que posso chamar de lar.

Mal chegamos e fomos recebidas por Hayley pra lá de curiosa. Connor fez questão de sair ignorando totalmente a euforia da garota e indo se sentar na sua casual mesa, com seus cachorrinhos e sua cadela master.

e é nesse momento em que eu me pergunto, porque me deixei levar e beijei ele, duas vezes, porque? ele sempre voltaria para os braços da loira siliconada. ela tem o que ele quer e precisa, eu não.

Lucinda explicou tudo pra Hayley, excluindo os detalhes sobrenatural do fim de semana.

e eu me mantive calada, somente concordando com a cabeça, fingindo que presto atenção na conversa. estou cansada e dividida, entre estar feliz por ter encontrado meus pais, ou triste pela situação em geral.

outra coisa que não sai da minha cabeça é a proposta de Katy. sinto que foi sincera, mas não colocaria minha mão no fogo por isso.

-Isso é uma boa notícia, vamos comemorar, Aura encontrou quem queria.- diz alto

lucinda me olha entendendo meu olhar de "não foi muito bem assim". mas logo abro um sorriso:

-Me trás uma guinness.- digo.

levo meu olhar novamente para o grande homem da mesa do fundo, tenho visão total dele, e consequentemente ele tem de mim, mas mal percebe meu olhar, está ocupado demais sorrindo de qualquer merda que estejam falando.

porque eu estou perdendo meu tempo pensando nisso?

Já passa das dez de noite, então quando termino minha cerveja me despeço de Luci e Hayley, e pela primeira vez naquela noite, sinto seu olhar queimar em minhas costas.

O caminho até o trailer é calmo e silencioso, eu precisava disso, ficar um pouco sozinha, mesmo sabendo que não duraria muito, logo os pesadelos viriam.

entro no trailer, tomo um banho e mal me visto, coloco minhas peças intimas e apago na cama.

-

-NÃO, NÃO EU NÃO QUERO ISSO. TA MACHUCANDO. AAAAAH-

-Aura acorda.- ouço uma voz rouca, mas tenho medo de abrir os olhos. - Aura olha pra mim.-

sinto pegar firme em meus ombros e me balançar delicadamente, assim que abro os olhos vejo Connor, sem camisa somente com sua calça bege, seus cabelos soltos bagunçados:

-O que está fazendo aqui?- sussurro tentando me levantar, com os olhos cheios de lágrimas.

-Você continua perguntando isso todas as noites... não vou te deixar dormir sozinha enquanto estiver com esses pesadelos.- diz e me solta.

vejo suas coisas no chão, onde ele supostamente estava dormindo:

-Como entrou? eu travei a porta.-

- Tenho meus modos. quer água?-

-não.-

-então me conta qual foi dessa vez.- diz enquanto se senta do meu lado, tomando quase todo o espaço.

- não sei direito, eu estava agonizando, com muita dor, meus ossos... eles se quebravam milhares e milhares de vezes.- tremo.

-Já disse que estarei com você quando acontecer, não precisa ter medo.-

-Não tenho medo.-

ele ri e concorda com a cabeça, percebe que eu ainda tremo, e de um modo firme me pega no colo, apoio minha cabeça em seu peitoral forte e sinto seus dedos desenharem aleatoriamente em minhas coxas, sua respiração em meus cabelos: