POV Sina Deinert
Eu estou no hospital, falta pouco tempo para meu horário acabar, já são 16:22h e o meu expediente acaba 16:30h. Agora eu estou em um quarto vendo a ficha de um paciente até que escuto meu nome ser chamado. Olhei para porta e vi um enfermeiro.
- Deinert, estão chamando a senhora no quarto 312.
- Já estou indo. - Ele assentiu e saiu.
Eu deixei a ficha em cima da mesa, tirei meu jaleco pendurando no lugar dele e saí do quarto indo para o local que me chamaram. Assim que eu abri a porta vi uma correria no corredor, franzi o cenho olhando pra recepção tentando identificar o que tinha acontecido, mas não vi ninguém além dos médicos. Eu fui para o quarto, abri a porta e vi um médico olhando para uma ficha e alguns enfermeiros pegando algumas ferramentas para limpar.
- Me chamou?
- Sina, então, acabei de fazer uma cirurgia. Teve um tiroteio no centro e a pessoa levou um tiro no ombro. Deu tudo certo na cirurgia, mas eu identifiquei a pessoa, acho que é conhecida sua.
- Quem é? - Perguntei com o cenho franzido.
- Sabina Hidalgo, conhece?
- Conheço, ela tá bem?? - Perguntei em um tom desesperado.
- Calma. Ela é o que sua?
- Namorada.
- Preciso que preencha esses dados vazios. - Ele me entregou a ficha e uma caneta - Depois vai lá ver ela. Ela tá bem. - Assenti.
Peguei a caneta e preenchi todos os dados que precisavam. Se eu falar que eu estou calma eu estaria mentindo, eu estou desesperada, tremendo, eu nem sei como eu conseguia escrever. Sentia vontade de chorar, mas não podia, não agora.
Depois que terminei eu entreguei para o médico que me falou qual sala ela estava, então eu fui até lá. Abri a porta devagar e vi que não tinha ninguém além dela, fechei a porta e entrei me aproximando da maca. Sabina tinha os olhos fechados, tinha aparelhos ligados, um no nariz para ajudar ela respirar, o dos batimentos cardíacos e o soro. Eu soltei um suspiro frustrado.
Fiquei ao seu lado e levei minha mão até a sua iniciando um carinho, senti meus olhos marejarem e agora eu nem tentei impedir minhas lágrimas. Respirei fundo pegando meu celular do bolso e ligando para Noah que no segundo toque atendeu.
_Chamada On_
- Oi maninha?
- Noah...
- O que houve? Sua voz tá estranha.
- Teve um roubo no centro e acabou em tiroteio, Sabina foi baleada.
- O que? E ela tá bem?
- Parece que sim... Vem pra cá?
- Vou, é no hospital que você trabalha?
- Sim.
- Tô indo maninha, te amo.
- Amo você.
_Chamada Off_
Eu nunca tinha visto Sabina em uma maca, e eu não queria ver, ela frágil assim me quebra, vê-lá dessa jeito me quebra. Eu tinha em mente chegar em casa e abraçar minha noiva, ficar com ela, não encontra-lá no meu trabalho depois de tomar um tiro.
Eu suspirei mais uma vez e segurei em sua mão novamente, comecei um carinho com o polegar e levei minha outra mão para seu rosto fazendo um carinho leve com a ponta dos meus dedos. Eu senti lágrimas grossas saírem de meus olhos, apoiei na maca colocando minha mão no rosto.
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A Pessoa Certa - Sibina
أدب الهواة𝙰 𝙿𝚎𝚜𝚜𝚘𝚊 𝙲𝚎𝚛𝚝𝚊. 𝑵𝒂̃𝒐 𝒂𝒄𝒆𝒊𝒕𝒐 𝒂𝒅𝒂𝒑𝒕𝒂𝒄̧𝒐̃𝒆𝒔. 𝑪𝒐𝒏𝒄𝒍𝒖𝒊́𝒅𝒂. Sina e Sabina sempre foram melhores amigas, suas mães são melhores amigas e vizinhas, isso ajudou muito para as duas meninas se aproximarem. Elas sempre fi...