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  Eu costumava acordar aos poucos e bem preguiçosamente

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  Eu costumava acordar aos poucos e bem preguiçosamente. Em outras palavras, dormia o dia inteiro se deixassem, mas dada essa natureza lenta ao despertar, pelo menos não empurrei ou soquei o rosto de Alya.

  Em algum momento da noite a menina certamente havia caído de sua cama, mas infelizmente despencou logo em cima de mim, e agora tinha uma perna confortavelmente apoiada sobre a curvatura de minha cintura, um braço sobre meu colo e os cabelos espalhados em meu ombro.

  Cocei meus próprios cabelos desgrenhados e respirei fundo antes de cutucar seu braço:

  ㅡ Alya! Acorde.

  Ela resmungou alguma coisa incompreensível e rolou por cima de mim, tendo seu corpo em contato com o chão gelado.

  Tossi algumas vezes, por conta da falta de ar causada quando a mais velha apoiou todo o seu peso sobre meu corpo. A nossa amizade já levava tantos anos que essas coisas deixaram de ser ultraje e agora já eram absolutamente normais para ambas as partes.

  ㅡ Bom dia.ㅡ murmurou e em seguida bocejou.

  Tampei meu nariz com os dedos.

  ㅡ Pelo amor! Rolar por cima de mim tudo bem, mas bocejar com este bafo fedido já é demais.

  ㅡ Desculpe...

  Envergonhada, apoiou as palmas no chão e se levantou, dirigindo-se para o banheiro do próprio quarto.

  Não querendo invadir sua privacidade, peguei meus produtos de higiene e fui para o banheiro do corredor, infelizmente encontrando Felix já escovando seus dentes.

  ㅡ Chega pra lá.ㅡ pedi.

  ㅡ Não tem escrúpulos?

  ㅡ E você lá tem? Anda logo.

  Vendo que o rapaz não iria me dar espaço na bancada, o empurrei para o lado com meu braço, começando a escovar meus dentes ao seu lado. Ao terminar, Lee bocejou:

  ㅡ Boa noite!

  E saiu do banheiro, batendo a porta do quarto. 

  Estava descabida e encabulada ao saber que o menino sequer tinha dormido. Não sei se por realmente gostar do trabalho ou porque seu chefe o dava prazos extremamente curtos e por isso o coitado mal podia dormir.

  Dei de ombros e desci para tomar café. Dei bom dia para Magda e sua mãe, Alya veio logo para se sentar conosco.

  O café da manhã na casa da família russa não era típico como o jantar e o almoço, era uma refeição tradicional. E o cardápio de hoje eram torradas com manteiga ou geleia de mirtilo, salada de frutas e suco de morango.

  Comi um pouco de cada coisa, ajudei com a arrumação da cozinha e preparei Magda para ir à escola, passei até um pouco de gloss em seus lábios. Coloquei meu biquíni e o macacão, era hora da aula com aquele menino não tão mais tedioso e enfadonho.

O mar que habita em mim- Bang ChanOnde histórias criam vida. Descubra agora