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  Ver Bang Chan conseguir surfar uma onda, para mim não tinha preço

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  Ver Bang Chan conseguir surfar uma onda, para mim não tinha preço. O tempo que eu passei o tentando ensinar a surfar, a raiva que me acometeu quando ele não seguia minhas ordens, a paciência que eu perdi quando ele fazia piadinhas... Tudo isso valeu a pena ao ver que ele agora conseguia.

  De longe, eu observava-o surfar na beira. Enquanto que eu me agarrava à minha própria prancha, quando de repente outro surfista bateu nele e ambos caíram da prancha.

  Nadando, fui até lá, com uma careta intimidei o cabeludo que voltou para mais afundo no mar, enquanto que Bang Chan ajuntou sua prancha e resolveu levantar:

  ㅡ Surfar é...

  ㅡ Pare!ㅡ estendi a mão à sua frente, tentando observar sua testa. ㅡ Precisa de curativo.

  Tinha um machucado na testa, próximo ao cabelo e um na maçã do rosto, como saldo da queda. Não sei se bateu numa pedra ou na própria prancha.

  ㅡ Onde pensa que vai fazer um curativo em mim?

  ㅡ Na minha casa, onde mais seria? Ande logo.ㅡ baixou o olhar ㅡ Desculpe.

  Comecei a caminhar, mas logo percebi que ele não me acompanhava. Suspirei e voltei alguns passos. Sem paciência de o chamar, enrosquei meu mindinho no seu, o puxando pela areia.

  O fiz entrar e se sentar no sofá, sem o maior temor do que minha mãe poderia pensar da minha relação com o menino machucado ali sentado. Chan observava em volta e eu não quis comentar nada para não estragar sua primeira impressão da casa.

  Peguei o kit de primeiros socorros no armário acima da pia e me abaixei à sua altura. Embebi um cotonete com álcool e já deixei dois curativos à disposição para quando terminasse de desinfetar.

  Limpei primeiro a bochecha, então exsurgi sobre os pés para que alcançasse sua testa. Por algum motivo, o acastanhado buscava meus olhos continuamente, e eu me deixei encontrar, não poderia negar que ele mexia com meu coração.

  Quando menos esperava, o maior tocou o braço que segurava o cotonete, o abaixando para perto de seu colo. Nossos lábios se tocaram, então vovó, para a nossa infelicidade, entrou na sala:

  ㅡ Querida, viu minha máscara de argila?

  Não tive escolha senão pular para trás e fazer o cotonete voar para algum lugar escamoteado da sala, provavelmente o encontraria quando estivesse limpando o chão no dia seguinte. Levou um tempo para que eu recuperasse o fôlego e pudesse responder:

  ㅡ Está no armário do banheiro, vovó.

  Fátima me olhou com um olhar sugestivo e malicioso, então com a mão, discretamente, falou com que eu continuasse o que estava fazendo. Não me restou reação, aliás, meu cérebro não viu outra opção senão fazer minhas bochechas corarem.

O mar que habita em mim- Bang ChanOnde histórias criam vida. Descubra agora