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  Ao me ver novamente encostada naquele salgueiro, por uns instantes falhou-me a memória de como ali tinha vindo parar, contudo ao sentir a pulseira rolar pelo meu pulso e ver Chan encostado do meu lado com a cabeça praticamente dependurada, me le...

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  Ao me ver novamente encostada naquele salgueiro, por uns instantes falhou-me a memória de como ali tinha vindo parar, contudo ao sentir a pulseira rolar pelo meu pulso e ver Chan encostado do meu lado com a cabeça praticamente dependurada, me lembrei que de tanto que andamos, fomos parar ali.

  Um pouco escrupulosa, guiei sua cabeça de modo a se aconchegar em minhas coxas; mantendo a mão em forma de concha, a levei até seu cabelo, fazendo cafuné bem devagar.

  Alguns segundos depois, Bang Chan começou a se mexer e a abrir os olhos com bastante preguiça. Logo, trocou de posição com a cerviz ainda apoiada sobre meu colo:

  ㅡ Mas que bela maneira de acordar...

  Com um sorriso, esticou um pouco o braço para tocar minha face esquerda.

  ㅡ Parece que sempre que eu tento dizer isso, ata-se um nó na minha garganta e a revoada de borboletas me impede de prever as suas possíveis reações.ㅡ eu sabia o que ele queria dizer, toda vez que alguém começava com um papo parecido, eu já podia até adivinhar as próximas palavras.

  ㅡ Eu sei. Eu também te amo, Chan.

  ㅡ Você me conhece bem mesmo.ㅡ dedo por dedo, afastou a mão de meu rosto.

  Não queria dizer que quase todas as pessoas hesitantes e romanticamente falhas o falavam, além de ferir o ego dele, era uma mentira. Porque ele não tinha nada de hesitante e quase nunca falhava romanticamente, então me limitei a sorrir sem mostrar os dentes e cometer uma digressão com minha mão, visto que seu celular estava tocando.

  ㅡ É, eu conheço-te muito bem.

  Após o meu suspiro, Chan se levantou e acabou demonstrando que na verdade não era uma ligação e sim dezenas de mensagens seguidas que por fim formaram um uníssono contínuo.

  Sem que eu nem me movesse, o sorriso calmo de Chan se transformou numa expressão diferente, o que significava que não era culpa minha, mesmo assim senti uma pontada de arrependimento pois sua expressão era de total preocupação: os nervos estavam tensos e ele mantinha o cenho franzido. Ao invés de dar uma pista do que estava acontecendo, o menino com cheiro de estrela começou a ajuntar suas coisas e agora já até tentava sair da caverna tropeçando sobre os próprios pés.

  Teria de me apressar e o parar, antes que ele saísse e eu tivesse que engolir minha curiosidade até ele voltar. Me levantei, quase cruzando uma perna na frente da outra dado o sono que ainda se fazia presente, nem me preocupei em bater a areia do corpo, então corri até Chan. Segurei seu braço e ele não teve opção senão se virar aflito e deter os olhos ora em mim, ora em minha mão apertando seu bíceps:

  ㅡ Yu Na está com problemas.ㅡ respondeu antes mesmo que eu pudesse abrir a boca. Pelo jeito o meu ato fora o suficiente para que ele entendesse o que me afligia.

  Não precisava nem de um espelho para saber que meus olhos haviam se arregalado involuntariamente.

  ㅡ Ontem eu falei com ela e tudo o que não estava muito normal era que seu pai não tinha voltado do trabalho.

O mar que habita em mim- Bang ChanOnde histórias criam vida. Descubra agora