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  Era Bang Chan

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  Era Bang Chan. Na foto ele aparecia de smocking ao lado de uma mulher com vestido de gala, poderia ser supostamente sua falecida mãe. Foi então que compreendi tudo o que realmente tinha acontecido: Fátima, naquela noite quando voltei do hospital, colocou no bolso de Chan o meu número de telefone.

  Pelo jeito, vovó torcia para que ficássemos juntos, mais até do que eu.

  Eu não o queria ali, não para me ver chorar descontroladamente. Mas eu o necessitava ali, para me consolar.

  Não sei ao certo quando comecei a gostar dele, não sei ao certo quando comecei a sentir que precisava dele durante um crise, e muito menos porque o precisava sempre que estava mal. Talvez eu tivesse ficando viciada nele.

   "Pode vir aqui por favor?"

  O menino leu, mas não respondeu. Então comecei a me culpar porque sequer tinha passado pela minha cabeça o fato de ele estar ocupado demais para mim. Corri os dedos pelos cabelos, preocupada com duas coisas: como controlaria a crise sem Chan por perto e se caso ele tivesse afazeres, que o tirei de sua ocupação.

  Em meio a uma desgastante crise, minha mente ainda fez questão de recordar-me de que eu tinha de contá-lo acerca da possibilidade de Felix ser seu meio-irmão. Enquanto que o medo de passar vergonha ao fazer um possível teste de DNA com os dois também me assustava.

  Minha mente estava à mil, como um trem desgovernado e não tinha algo que o pudesse parar, eu tinha que pular deste trem, mas tinha medo de me machucar na queda.

  ㅡ Oi, menina com cheiro de mar!

  Sorri ao ouvir aquela voz. Tentei me virar, contudo ele já se acomodava sentado atrás de mim. Suas costas geladas encostarem nas minhas, que embora cobertas pelo moletom, me permitiam sentir que ele não estava usando nada, bem, ou quase nada.

   Funguei:

  ㅡ Oi, menino com cheiro de estrela!

  Achei que quando ouvisse minha voz e percebesse que eu estava chorando, fosse apenas me ajudar a fazer um exercício de respiração ou algo assim. Mudou, porém, de posição, sentando-se assim ao meu lado.

  ㅡ Foi sua mãe?

  Assenti com a cabeça.

  ㅡ Venha cá.ㅡ bateu no próprio peito.

  ㅡ Não acha que já tivemos contato suficiente por hoje?ㅡ dei um sorriso ladino, recordando de quanto enlacei meu mindinho no seu e de quando nossos lábios se bateram.

 ㅡ Eu só quero te acalmar, tudo bem?

  Meneei a cabeça e me permiti ser puxada para seu peito, sentindo as mãos geladas em meu braço que não estava coberto pela manga do casaco. Não sei dizer se aquilo foi um gatilho, mas minhas pernas começaram a tremer ligeiramente e eu comecei a sentir um enjoo.

O mar que habita em mim- Bang ChanOnde histórias criam vida. Descubra agora