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  Quando despertei, Bang Chan ainda dormia confortavelmente no colchão

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  Quando despertei, Bang Chan ainda dormia confortavelmente no colchão. Seus cabelos encaracolados ocupavam sua testa e ameaçavam cair sobre o olho. Me levantei morosamente da cama e calcei as havaianas que ele me havia emprestado no dia anterior, eram certamente bem maiores do que o meu pé.

  Engatinhando até o colchão, tentei arrumar seus cabelos castanhos. Cabelos estes que não obedeciam ao meu toque e continuavam a se revoltar e cair contra a testa do maior novamente, porém eu, com todo o meu afinco e insistência com qualquer coisa na vida, não desistiria tão fácil.

  Os cabelos do menino eram tão macios quanto eu imaginava que seria. Tanto que se fizesse cafuné ali, meus dedos afundariam facilmente. Penso contudo, que minha perseverança ao tentar ajeitar seus fios, o acordou, ainda que não fosse essa a minha intenção.

  Abriu os olhos vagarosamente e se assustou ao ver minha figura. Meus dedos foram incapazes de continuar a urdir seus cachos quando seus olhos encontraram os meus, então sem nem perceber me vi perdida em seu infinito olhar brilhante.

  Sua mão agora se encontrava no meu pulso, puxando-me para mais perto de si, enquanto que meu coração não sabia se acelerava ou se batia de forma débil, quando logo Yuna gritou:

  ㅡ O CAFÉ ESTÁ PRONTO!

  Foi aí que meu coração bateu mais forte do que conseguia, foi um susto tão grande que saltei a certa distância de Chan.

  ㅡ Obrigado por ajeitar meu cabelo.ㅡ ele comentou, fingindo não perceber a minha vergonha da outra tentativa de beijo.

  E logo eu, que já tinha beijado tantas pessoas, estava assustada diante da possibilidade de beijar Chan. O meu maior temor era me apaixonar ainda mais, me tornar ainda mais dependente de sua presença e apoio, tornar-me um ser humano incapaz de viver sem suas carícias e palavras doces.

  Coloquei o moletom que, por um milagre, me lembrei de pegar no dia anterior. Então fui a primeira a sair do quarto, quebrando o constrangimento ao meio:

  ㅡ Bom dia, Yuna!ㅡ disse ao me espreguiçar e sentar preguiçosamente sobre a cadeira conjunto da mesa de vidro circular, ocupada por um tradicional café da manhã coreano.

  ㅡ Bom dia, Bellatrix!

  Não indaguei se podia tocar e consumir as coisas, pois o seu convite e anúncio já era visto como uma autorização para comer. Peguei bastante arroz e doejang guk, visto que o meu jantar fora apenas picolé e eu estava faminta.

  Logo Bang Chan se juntou a nós, este que comeu mais do que eu e Yuna juntas. A sobrinha do menino fez questão de pegar meu número de telefone para ter certeza de que eu cumpriria a minha promessa de realizar os motivos para viver.

  Me despedi dela com um abraço e partimos de volta para Jeju.

  ㅡ Você ainda não me disse o que aquela conversa de ontem tinha de mais e porque eu não podia ouvi-la.

O mar que habita em mim- Bang ChanOnde histórias criam vida. Descubra agora