Capítulo 24 - Noite Sem Lua

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     Eram quase 18:00 quando Max abriu os olhos. Deitada em seu braço esquerdo estava Ayana, sua filha de cinco anos que dormia apoiada em seu braço direito, isso explicava leve dormência. Com cuidado levantou o rosto da filha e a apoiou em um travesseiro. Sentiu uma leve culpa pela prolongada ausência de casa nos últimos dias. Tudo que vestia era uma calça moletom e uma camisa branca leve, sua roupa preferida na hora de dormir.

     Ayana era negra como o pai, seus cabelos enrolados e dispersos como uma rosa, os olhos levemente amendoados lembravam o da falecida mãe

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     Ayana era negra como o pai, seus cabelos enrolados e dispersos como uma rosa, os olhos levemente amendoados lembravam o da falecida mãe. Pensando nisso agora o Coronel entendia o porquê do barão ter o ajudado em um dos momentos mais difíceis da sua vida. Provavelmente havia se identificado com a história de Max, ainda que com algumas diferenças, ambos haviam perdido as esposas de forma violenta.

     Evitando fazer qualquer tipo de barulho levantou e caminhou até o computador, ao abrir sua caixa de mensagem se deparou com o título.

     "PARABÉNS POR SUA PROMOÇÃO CORONEL"

     De fato o irmão do barão não havia mentido, agora era de fato um coronel. Olhou para trás, na cama sua filha dormia tranquilamente. Lembrou do porque fazia o que fazia. Recordou do seu primeiro dia em Artaxia e da promessa de Mikhail, que ainda estava hospitalizado.

    Continuou com a leitura do e-mail de trabalho. A maioria das mensagens eram avisos de operações e resposta de relatórios, em vinte minutos já havia visto quase tudo que precisava.

     Ainda sonolento foi até a cozinha preparar um pouco de café. Tinha provado o café brasileiro durante a viagem, desde então era o único que tomava. Apesar do preço era um pequeno luxo que não conseguia abrir mão.

    Depois de separar o pó e ligar a cafeteira aproximou-se da janela do apartamento para observar a paisagem de concreto

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    Depois de separar o pó e ligar a cafeteira aproximou-se da janela do apartamento para observar a paisagem de concreto. Lá embaixo centenas de pessoas caminhavam de um lado para o outro, alguns pais iam para as suas casas carregando algumas compras e o cansaço de mais um dia de trabalho. Era o que mais gostava de morar próximo a um centro comercial, a solidão e silêncio do prédio em contraste com a multidão abaixo de caminhava no pequeno caos de uma grande cidade.

    Seu corpo ainda estava pesado duas noites mal dormidas, mas se sentia um pouco melhor.

     Quebrando o silêncio e a escuridão magistral o telefone tocou. Era do trabalho, provavelmente alguma coisa havia acontecido na base.

O Filho do Barão [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora