O Filho do Barão [COMPLETO]

Capítulo 32 - Kiev em Chamas

O vento soprava calmamente, próximo a janela um pinheiro solitário dançava a favor do vento, como se escutasse uma música tocada pela natureza. Era a beleza do início da madrugada.

Envolto em seu edredom macio, após horas separando e-mails para o pai, Oliver dormia tranquilamente, o mundo inteiro finalmente ficou em silêncio ao seu redor.

— Acorde, Oliver! — uma voz feminina sussurrou para o jovem ainda sonolento.

O filho do barão ainda tentou ignorar, mas a voz voltou a chamá-lo.

— O que está acontecendo? — perguntou Oliver.

— Seu tio mandou te chamar! — respondeu a mulher.

— Pra que? — perguntou instintivamente em português.

A mulher ficou em silêncio por alguns segundos, antes de retirar o edredom que cobria o garoto.

— Ei! Ficou maluca — gritou Oliver.

— Desculpe, foi ordem do seu tio.

Sem vontade de levantar Oliver olhou no relógio. Eram quase 01:00 da manhã.

— Por favor, você tem dez minutos para sair do quarto, depois disso ele vai vir pessoalmente — disse a mulher.

— É para me assustar? — perguntou o jovem levantando da cama bem devagar.

— Deveria, eu não deixaria o "Caçador Escarlate" nervoso.

— Caçador o quê?

A mulher saiu do quarto antes que Oliver pudesse terminar a pergunta.

Após lavar o rosto rapidamente, o filho do barão se posicionou próximo a porta com seu tradicional capuz. Apesar do isolamento, a casa parecia cada vez mais fria. Talvez fosse o fato de não ter conseguido dormir direito por quase duas noites, mas seu humor estava terrível, quando encontrasse reclamaria de ser acordado sem motivo nenhum aparente. Isso foi o que pensou até abrir a porta do quarto.

Sua primeira visão foi a mesma mulher que o havia acordado carregando seis xícaras de café em uma bandeja. Enquanto isso, sete homens armados e vestidos de preto pareciam fazer a manutenção de suas armas tranquilamente no extremo do corredor. Um deles havia aberto o mapa da cidade no chão e explicava os últimos detalhes do que parecia ser uma operação. Os homens olharam para ele como se fosse um peixe fora d'água.

Oliver procurou instintivamente por um rosto amigo, tudo que encontrou foi a mulher que o acordara atarefada.

— Siga para o final do corredor, depois vire à esquerda, seu tio está esperando você — disse um homem barbudo de óculos, que pareceu ter saído do quarto só para pegar o café na bandeja da mulher.

De relance Oliver percebeu que outras pessoas pareciam estar arrumando guardando materiais dentro de malas de viagem.

— Vamos sair? — perguntou o garoto ao homem.