Capítulo 23 - Manhã de Calma

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Oliver desligou o telefone um pouco decepcionado com a conversa com Max. Esperava que pudesse ter ajuda, mas dessa vez teria que se virar sozinho.

Sentado na escrivaninha do quarto, o jovem tomava seu café. Madame Savoy tinha feito questão de trazer até ele as torradas e um pouco de café à moda brasileira, depois de alguma reclamação finalmente a cozinheira havia adaptado o cardápio aos novos hóspedes da mansão.

Apesar das tentativas de ambos os lados, a relação entre ele e Maryna não era a mesma desde o primeiro dia de aula, quando a fofoca viralizou entre os alunos

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Apesar das tentativas de ambos os lados, a relação entre ele e Maryna não era a mesma desde o primeiro dia de aula, quando a fofoca viralizou entre os alunos.

Segundo Maryna, em outros tempos o barão teria tomado a iniciativa e resolvido o assunto, mas com sua ausência tornava as coisas mais complexas, e para piorar Max não iria ajudar de imediato, segundo ele o trabalho estava exigindo cada vez mais sua atenção ao ponto de não poder se envolver com "assuntos escolares".

Os dois terminaram a semana sem ir para as aulas, o diretor concedeu uma "licença especial" para as duas vítimas e prometeu investigar e punir severamente os culpados, o que segundo Maryna "significava esperar a poeira abaixar e fingir que nada havia acontecido".

Era o primeiro fim de semana desde que a fofoca havia viralizado. Recluso em seu quarto Oliver observava a propriedade do pai pela janela, nesse momento quase por uma iluminação interna decidiu caminhar pelo jardim. Era a primeira vez em dias que tomava a iniciativa de sair, sem perceber havia gasto boa parte dos seus dias no computador, visitando a rede social dos antigos amigos brasileiros (ainda que proibido pelo Coronel de interagir com eles por questão de segurança) ou pesquisando sobre o pai e a fortuna dele (ainda que tivesse vergonha de confessar). Foi nessas visitas que descobriu que o pai de Júlio havia sido preso por associação com o crime organizado... Será que era isso que Max explicou quando eles saíram do Brasil, será que seu pai estava por trás da prisão?

O jovem colocou um moletom pesado e desceu as escadarias. Após alguns minutos estava na porta da mansão e quase arrependido de sair do conforto do aquecedor. Sauron, o husky siberiano do pai imediatamente se posicionou ao seu lado como um segurança, internamente sentia um pouco de temor por um cão com aspecto de caçador está tão perto, entretanto algo atraia atraia os dois, talvez um pouco do sangue artaxiano em seu corpo.

— Vamos caminhar — disse Oliver ao cão.

Em silêncio o cão olhou para o filho do seu senhor, seu olfato canino sensível sentiu o odor fraco de Mikhail nas roupas do filho do barão. Quase como um conforto para os dias de isolamento na "matilha".

Ao longe, na imensidão de montanhas que cercavam a cidade como uma muralha, a neblina banhava o verde como uma mãe ao seu filho recém nascido. 

 

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O Filho do Barão [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora