Capítulo 28 - Reencontro

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No quarto do hospital militar, Dona Rute observava o neto dormir profundamente. Suas pernas estavam cobertas por um fino cobertor doado por uma das enfermeiras.

Após uma bateria de exames, finalmente Oliver pôde descansar, mesmo que ainda estivesse em observação era um alívio saber que em breve ele receberia alta

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Após uma bateria de exames, finalmente Oliver pôde descansar, mesmo que ainda estivesse em observação era um alívio saber que em breve ele receberia alta. Lembrava pouco da noite anterior e ainda se sentia culpada por não ter escutado nada do ocorrido. Um dos efeitos ruins da medicação que tomava era o forte sono.

Depois do ataque, Dona Rute foi despertada por Maximiliano que a levou direto para o jardim e depois para a primeira ambulância que chegou. Seu quarto ficava no segundo andar da mansão, relativamente mais próximo da cozinha e quando a bomba explodiu o chafariz criou um pequeno foco de incêndio que destruiu o quarto que Elena e Maryna dividiam, e uma parte das chamas queimaram 25% da cozinha. Por sorte, Madame Savoy havia decidido dormir em casa e não no trabalho, ou teria sido outra vítima do ataque.

Os olhos da senhora negra fecharam-se por um breve momento, quase como por um breve piscar de olhos. Madame Savoy surgiu no quarto, bem em frente a poltrona que Dona Rute descansava, em suas mãos carregava um copo de chá.

— Boa noite! Comment ça va? (Como você está?) — perguntou Madame Savoy

Com lágrimas nos olhos ao ver um rosto familiar a velha senhora abraçou a amiga. A cozinheira sem reação apenas respondeu o gesto.

— Nunca pensei que veria meu neto passar por isso — respondeu Dona Rute chorando.

A cozinheira olhou nos olhos da amiga e sorriu. Limpou as lágrimas da amiga com as mãos porque entendia a dor de ver um ente querido no hospital.

— Sabe alguma coisa da Elena ou da neta dela?

— Não. Estou dentro do hospital isolada de tudo.

— Rute, o Coronel falou alguma coisa?

— Não vejo o Maximiliano desde o ataque. Acho que ele deve estar preso investigando alguma coisa.

A senhora francesa pareceu tomar coragem para fazer a pergunta final.

— Algum membro da família veio falar como você?

Dona Rute sinalizou negativamente como a cabeça.

Nesse momento, um médico e dois enfermeiros entraram no quarto para levar Oliver para um último exame. Instintivamente Dona Rute tentou acompanhar mas foi impedida por um dos enfermeiros que mais parecia um segurança que profissional da saúde.

— Qual o significado disso? — perguntou Madame Savoy — ela é o parente mais próximo.

O enfermeiro saudou com reverência a velha cozinheira e explicou em um tom calmo e solene.

— Peço desculpas por isso, senhora — disse o enfermeiro — É só que ela está aqui há horas e este exame deve demorar... Tenho certeza que a "família" dela e do garoto gostaria que ela comesse alguma coisa ou descansasse um pouco.

O Filho do Barão [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora