Capítulo 30 - Prisioneiras Ilustres

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Os primeiros raios de sol que atravessavam o telhado quebrado do galpão banhavam duas figuras solitárias. Sentadas em um colchão velho e cobertas por um edredom encardido, Elena, a governanta da mansão, e Maryna, tentavam esquecer da noite anterior que ainda não conseguia compreender. Será que o barão estaria por trás dos eventos? E se fosse, isso seria bom ou ruim para elas?

Após ver um homem ser friamente assassinado, e serem levadas para outro galpão, as duas mal haviam conseguido trocar palavras durante toda a noite de incertezas. Era como se uma parede invisível tivesse surgido entre as duas. Elena não conseguia parar de sentir culpa por ter colocado a neta em uma situação tão terrível, por outro lado Maryna não conseguia estabilizar os sentimentos. Seu rosto ainda doía e apresentava hematomas da noite anterior, assim como sua avó, que tinha marcas em outras partes do corpo.

A neta da governanta lembrava dos seus primeiros dias em Artaxia, de ver a avó pedindo emprego e de como por tantas noites havia sonhado em regressar para Kiev, capital do seu país natal. Agora que estava no lugar de seu nascimento, só conseguia pensar em voltar para sua "casa", em Artaxia. Rever o barão, Sauron, Madame Savoy, Dona Rute e Oliver, o filho do barão.

Dizer para ele que estava tudo bem, que ela não se importava com o que falassem dela na escola, desde que pudesse voltar a ver todas as pessoas que haviam começado a fazer parte da sua nova família, desde que pudesse revê-lo. Se arrependia da última conversa entre eles ter sido tão breve. Agora que tudo estava prestes a desaparecer começava a dar mais valor aos pequenos momentos felizes em Artaxia.

A jovem ainda estava perdida em seus pensamentos quando a porta do galpão foi aberta. Homens usando grossos casacos entraram um por um até que uma caminhonete preta adentrou o local. Instintivamente Elena se colocou entre a neta e os "visitantes".

Um homem de cinquenta anos saiu da caminhonete, seu rosto vazio e sem expressão mirou as duas mulheres de idades distintas

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Um homem de cinquenta anos saiu da caminhonete, seu rosto vazio e sem expressão mirou as duas mulheres de idades distintas. Outro homem, esse mais jovem, surgiu do lado oposto. Ambos usavam roupas casuais para o frio, como se estivessem voltando de uma pescaria ou de uma caçada.

— Essas são as duas problemáticas que mataram o Tio Demyan? — perguntou o mais novo em ucraninano

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— Essas são as duas problemáticas que mataram o Tio Demyan? — perguntou o mais novo em ucraninano.

— São exatamente elas — respondeu o homem mais velho.

O Filho do Barão [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora