Oliver sempre soube muito pouco sobre o pai, sua única informação se resumia ao fato dele ser um estrangeiro que engravidou sua mãe e desapareceu sem deixar rastros. Após anos desaparecido seu pai ressurge de maneira inesperada e em um momento de g...
— Chegamos — disse Aleksey — Sejam cirúrgicos, vamos trazer apenas a velha e a neta dela. Tente não matar mais ninguém. O barão tem um convidado importante hospedado na casa, não sabemos quem é ele e a última coisa que precisamos é de algum governo ditatorial maluco caçando a gente pelo mundo.
A van parou desembarcando o grupo de sequestradores que vestiam roupas negras e carregavam fuzis de assalto como membros de alguma força especial, o grupo parou bem em frente a porta principal da mansão. O gigantesco portão de madeira era um engodo, na verdade dezenas de sensores ligados ao alarme principal da mansão faziam daquele objeto luxuoso uma armadilha quase perfeita para invasores.
— A garota e a velha dormem no mesmo quarto aqui no primeiro andar, elas estão a poucos metros da cozinha, vamos entrar rápido e levá-las sem fazer barulho. Boris prepara os tranquilizantes. Se encontrarmos alguém vocês tentam dopar. Só usem as armas em último caso.
— Tem certeza que não vai ter mais ninguém no local? Outro empregado ou empregada?
— É improvável. Pouquíssimos empregados têm acesso à parte interna, e dos funcionários que têm acesso apenas a governanta e a neta tem um quarto particular.
Boris também encapuçado confirmou que havia entendido a ordem.
Em silêncio, o grupo ouviu as instruções do chefe da ação. Um dos homens se aproximou na porta da mansão enquanto Daryna desativava o alarme usando seu notebook. Após alguns minutos a porta foi aberta e o grupo entrou apontando suas armas para todos os lados.
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Um dos homens assobiou, impressionado com a beleza do local. A sala e os corredores ornamentados em madeira eram iluminados apenas pelas luzes de algumas luminárias embutidas ligadas ao anoitecer.
— Silêncio — repreendeu Daryna — tem certeza que devemos fazer isso Aleksey?
— Por um milhão e quatrocentos? — brincou um dos homens ao ouvir a conversa entre a jovem e o líder da operação.
Aleksey olhou para a mulher.
— Não tenha dúvida. Perdemos o rastro do barão, e mesmo que descobríssemos, provavelmente ele estaria em um local que não poderíamos entrar. Foi quase um milagre o sindicato querer essas duas no lugar do barão.
— Aleksey, o sindicato não ofereceria tanto dinheiro à toa. E se for uma armadilha para nós? — perguntou Daryna.
— A outra opção é não fazer o serviço e ser caçado por eles... — respondeu Aleksey secamente.
Daryna ficou em silêncio ao ouvir a resposta do chefe.
O grupo entrou na cozinha. Dois copos de água meio vazios repousavam sobre a pia, denunciando que alguém havia feito uma visita noturna. O grupo seguiu em direção ao quarto, e na escuridão dos cômodos, Boris entrou primeiro carregando o sedativo.