Parte 24: Lar de animais

60 10 9
                                    

Depois de pensamentos suicidas, diários das quintas e pessoas idiotas atrás de mim, decidi enfrentar mais um dia de aula. Para mim, ali é o lar dos animais. Sempre cheios de piadinhas e prontos para um bote mortal.

  Arrumei minha mochila e tomei um gole de café

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Arrumei minha mochila e tomei um gole de café. Eram exatamente 07:45 da manhã quando ouvi batidas na porta da frente. Eu não tinha amigos e nem amigas. Será que era a polícia? Para minha surpresa, não.

- É... Você quer?

- Sou Anne, se lembra? Da última aula. Queria te fazer companhia até a escola se não fosse muito estranho. O que acha?

- Como sabe onde é minha casa?

- Acho que todo mundo sabe - disse Anne entre risos.

- É verdade. Como não saber né? Tudo bem, vamos juntas. Só não vai se acostumando. Sempre fui muito sozinha.

- Ah, tudo bem, sou paciente. Gosto de fazer amizades. Sou nova por aqui. Só queria alguém para conversar as vezes.

Fomos juntas para a escola

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Fomos juntas para a escola. No caminho vim pensando o que Anne realmente queria comigo. Eu até poderia ser amiga dela. Mas seria arriscado demais. Eu poderia colocar tanto a minha vida em risco falando com estranhos, quanto a dela só de estar comigo. Seria demais para mim aguentar uma culpa assim.
Mas vou deixar as coisas acontecerem. Se essa pessoa que está atrás de mim vier agora, eu estou pronta para revidar; ou talvez não...

...

- E aí, você é daqui mesmo Anne?

Demorou um pouco mas disse em seguida:
- Eu era de uma cidade vizinha a poucos quilômetros de Everwood.

- O que te fez vir para a cidade em que está no topo com mais mortes no ano?

- Além de ter curiosidade mórbida, gosto de um suspense. (Risos)

- Então veio para o lugar certo.

Sorrimos e continuamos o caminho.

Mais na frente, avistamos a escola. Já estava com dor de estômago apenas de olhar para aquele lugar.
O estranho era que tinha apenas um grupo de alunos do lado de fora. Todas as outras pessoas sumiram, não estava vendo mais ninguém.
Anne e eu seguimos e passamos do lado desse grupo. Quando de repente, uma garota gritou:

- Elena, você se lembra da Júlia? Aquela sua amiga do seu antigo grupo da Renata e Matheus ? Nós estamos aqui para fazer justiça por ela. Todos aqui que eram seus amigos, foram atrás de corrigir o seu "assassinato". Dispostos a se matarem para descobrir quem era o culpado. E você apenas sumiu. Enquanto a Júlia morreu tentando saber o que tinha acontecido.

- Estou atrasada para a aula, seja lá quem for você! -Eu disse.

Então aquele grupo veio para cima de mim me empurrando e dizendo palavras cruéis. Queriam justiça pela morte de Júlia. Eu entendia aquilo. Só não entendi, porquê depois de tanto tempo? Não podiam ter vindo antes para acabar com isso de uma vez?

Me acertaram com socos e chutes. Eu tentei revidar. Mas era eu contra aquela gente toda. Onde estavam os professores nessa hora ?
A garota não queria saber se eu queria me desculpar ou o quanto me sentia culpada por aquele acontecimento. Ela queria fazer o que não fizeram comigo antes. Me matar. Eu já não conseguia enxergar mais. Meu corpo doía tanto, que eu nem estava mais refutando os golpes. Apenas me entreguei.



  Já não ouvia nenhum ruído

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Já não ouvia nenhum ruído. Quando me dei conta, as pessoas que estavam me agredindo, caíam ao meu lado e eu não estava entendendo nada.
Me alentei para olhar o que estava acontecendo. Quando vejo Anne dando golpes de karatê em todas aquelas pessoas. Eu queria poder ajudar; Mas não tinha mais forças para lutar com ninguém. Eu realmente levei uma bolacha grande. (Risos)

Senti alguém me levando para longe dali. Só consegui ver o chão se movendo e minha cabeça girando. Acho que estava prestes a desmaiar. Fechei meus olhos e não vi mais nada.

 Fechei meus olhos e não vi mais nada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



A coisa que mais me deixa com medo são aqueles raros momentos em que não sinto medo de nada.
Tati Bernardi

O assassinato perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora