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Adhara agarrou a saia do vestido, tendo cuidado para não molhá-lo

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Adhara agarrou a saia do vestido, tendo cuidado para não molhá-lo. Seus pés descalços entraram em contato com a água fria. Ela sorriu, olhos fechados apreciando os raios de sol beijarem a sua bela face. Ela tinha que tomar cuidado, ainda era uma Shu no território Ravkano, mas foi incapaz de manter-se escondida.

As águas do lago cintilavam por conta da luz do sol, havia um barulho suave do vento passando entre as folhas e ramos como música. Era tão mágico que Adhara viu-se seduzida. E ela caiu nos encantos da natureza.

Ela não tinha sapatos. Ela não tinha mudas de roupas. Ela não tinha comida. Não tinha um lar, era fugitiva do próprio país. Mas ela tinha Kastra, a bela irmã mais nova.

Kastra que cuidava dela como se fosse a mais velha, o que era o contrário. Kastra que fazia tudo por ela. Kastra que decidiu tornar-se fugitiva para não perder a irmã. Kastra que parecia um anjo em sua vida. Nunca teria palavras o suficiente para agradecer pela vida de Kastra.

—Adhara, não podes andar sozinha. — Kastra tirou a capa que carrega

Adhara sorriu, finalmente abrindo os olhos. Ela saiu calmamente do lado, sem se incomodar com a ideia dos pés sujos de terra. Usaria como protesto para regressar ao lago.

—Não te preocupes, Kastra, nada irá acontecer. — Adhara tranquilizou

Kastra não respondeu. Ela não seria a pessoa a destruir o espírito otimista de Adhara. Kastra ainda lembrava do motivo da sua fuga.

—Somos Shu em território inimigo, todo o cuidado é pouco. — Kastra relembrou pegando na mão da irmã — Eu sei que é horrível, mas temos que nos manter invisíveis. — explicou

Adhara assentiu olhando para o sol. Ela não podia brilhar como ele. Ela gostava do sol, ele era brilhante, quente e aconchegante. Um velho amigo, dava os melhores beijos. Era amável. Com seus quinze anos, Adhara era apaixonada pelo sol. Ele representava esperança para ela. Talvez fosse a sua única paixão, a única que teria até sua morte.

Adhara sempre acreditou que morreria jovem. Sua mente sempre idealizou a sua morte prematura. Ela sabia que Kastra eventualmente encontraria alguém, construiria uma família e viveria uma vida longa e cheia de aventuras. Mas e ela?

Ela era só uma jovem de saúde frágil. Seu corpo magro demonstrava a sua fraqueza. Os lábios levemente secos e com algumas feridas. As olheiras, a falta de apetite. Talvez fosse a sua saúde debilitada que a fizesse acreditar fielmente que morreria cedo.

Noites em claro questionando sobre a sua jornada no mundo dos vivos ainda não ter terminado era algo comum.

Ela ouvia pessoas dizerem que na vida devia-se apaixonar pelo menos duas vezes. Ter dois amores épicos não era para qualquer um. Adhara sorria com a ideia de Kastra ter dois amores épicos. Mas e ela? Tinha medo de soar egoísta, mas talvez a sua única paixão fosse o sol. Ela não viveria o suficiente para apaixonar-se, muito menos vivenciar um amor épico.

The Myth Of The Sun SummonerOnde histórias criam vida. Descubra agora