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Alina sentia-se tonta

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Alina sentia-se tonta. A confusão a desconcentrava e o balanço da carruagem não melhorava o seu estado. A companhia também não lhe era de grande agrado, mas não tinha o que reclamar. Ela saiu viva da tenda da tenda do General Kirigan. E ainda viu aquela estranha figura que emanava poder.

Alina Starkov queria acreditar desesperadamente que aquilo era um pesadelo, mas a situação era demasiado trágica para não ser real. E se nunca mais visse Mal?

Seu rosto continha uma expressão inconformada, deixando claro o seu descontentamento e aborrecimento.

—Este é o Fedyor. — o Dilacerador que quase a enfiou na carruagem a força, apresentou o companheiro

Este tinha feições mais generosas em seu belo rosto. Era difícil acreditar de primeira que ele era um Dilacerador e não um Curador.

—Prazer em conhecer-te. — deu um sorriso

Alina olhou para ele por baixo das suas pestanas e prestou atenção na sua vestimenta quente e vermelha.

—É um kefta. É à prova de bala. O uniforme do Segundo Exército. — Fedyor explicou

Alina não o encarou no momento. Sua atenção presa na cicatriz na palma da sua mão. A cicatriz tinha um valor estimado para a Starkov. A lembrava de casa, de Mal.

Ela ergueu a cabeça novamente, pronta para disparar a sua insatisfação.

—E o Primeiro Exército, em Kribirsk? Milhares a marchar conosco. Não é mais seguro? — questionou

—É lento, não seguro. Nem por isso. — o outro Dilacerador, Ivan, retrucou com a postura séria sem dar brechas para Alina

Alina não estava confortável com a ideia de carregar todo aquele poder, toda aquela responsabilidade. Ela conhecia os mitos da Conjuradora do Sol, sabia o que lhe era esperado, o que as pessoas desejavam dela. E ela não sabia corresponder aquela expectativa.

—Deixem-me com os cartógrafos, ninguém reparará em mim. — Alina estava pendurada naquela corda bamba, entre o desespero e a esperança de regressar a sua vida

—Porquê? — Fedyor perguntou quando Ivan ignorou a cartógrafa — Tu invocas a luz solar. Etherealki como tu são só teorias, imagens em livros de histórias. Até agora. És uma rapariga muito especial. Como é que ninguém reparou em ti?

—Estás a gozar? — Alina estava desacreditada

Sempre reparavam nela. Ela parecia o inimigo, os Shu, não havia como não ser notada. Até o dia anterior, ela foi notada pelo cozinheiro e não jantou por esse motivo. Não havia nada de bom em ser especial, em ser notada.

—Talvez no palácio seja bom, mas aqui fora, quando somos diferentes, e temos um aspecto diferente, tudo se pode tornar uma luta. — explicou

Era isso que Alina fazia, lutava e sobrevivia. Desde pequena foi assim, e não seria muito diferente no Pequeno Palácio.

The Myth Of The Sun SummonerOnde histórias criam vida. Descubra agora