Felipe realmente sumiu!
Não o vi mais na biblioteca, nem pelo campus. Já se passaram duas semanas e nada dele.
Será que realmente aconteceu algo ou tem mesmo a ver com o nosso beijo?
- Ellen, está me agoniando ver você desse jeito - Luana fala - por que não vai até o apartamento dele?
- Se eu soubesse onde fica já teria ido.
- Consigo o endereço pra você.
- Consegue?!
- Sim. Vá pra aula, pro seu estágio e até o fim do dia te passo o endereço do panqueca.
Com certo receio, faço o que Luana diz.
Eu sei que ela vai conseguir, só não sei se terei coragem de ir até lá.
ღღღ
Passo o dia todo ansiosa, e Luana não me deu notícias, o que me faz questionar se existe a possibilidade dela não ter conseguido.
Saio do estágio com pressa e sou surpreendida pela minha colega de apartamento me esperando do outro lado da rua, dentro do carro.
- O que está fazendo aqui? - pergunto ao me aproximar.
- Vim te buscar para irmos até o apartamento do Felipe.
- Não precisava vir, eu podia ir sozinha.
- Podia? Tenho certeza que ia perder a coragem no meio do caminho.
Ela tem razão.
Entro no carro e Luana dirige até o alojamento dos alunos.
Quando estaciona, ela percebe meu nervosismo.
- Vai dar certo, Ellen – ela pega minha mão – você está tremendo! Precisa se acalmar.
- Não gosto de chegar de surpresa na casa das pessoas, é falta de educação.
- Me poupe! Você está arrumando desculpas para não entrar no prédio.
Revirando os olhos, ela desce do carro e toca o interfone, dizendo que veio visitar o Caio e eu não entendo nada.
Não demora e o porteiro libera o portão, e Luana só falta me arrastar de dentro do carro.
- Quem é Caio? - pergunto assim que entramos no prédio.
- Meu amigo que mora aqui. Ele autorizou nossa entrada, mas não vamos para o apartamento dele – ela pisca apertando o botão do elevador – que chique! No nosso prédio o elevador vive quebrando.
- Verdade – digo rindo ao entrarmos.
Logo a porta do elevador abre e nós saímos.
- Pois bem. Oitavo andar, apartamento oitenta a três! – minha amiga aponta com o dedo indicador.
Fico parada na frente da porta e não faço nada. Ouço ruídos vindo de dentro, pessoas conversando.
- Melhor irmos embora.
Caminho de volta para o elevador, mas ouço o barulho de campainha tocando.
Olho para Luana sem acreditar no que ela fez.
- Desculpa, Ellen. Mas não gastei gasolina atoa.
De repente a porta abre.
- Luana? - Felipe é quem atende – Ellen?! - ele me olha ainda na frente do elevador – o que fazem aqui?
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Encontros na biblioteca
RomansaInspirado em pessoas reais, essa história vai te fazer suspirar com Ellen, uma estudante de pedagogia tímida, introvertida, mas muito cativante; e Felipe, estudante de direito, simpático, cheio de amigos e um tanto reservado. Os dois se conhecem po...