📚 Capítulo 20 📚

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Felipe realmente sumiu!

Não o vi mais na biblioteca, nem pelo campus. Já se passaram duas semanas e nada dele.

Será que realmente aconteceu algo ou tem mesmo a ver com o nosso beijo?

- Ellen, está me agoniando ver você desse jeito - Luana fala -  por que não vai até o apartamento dele?

- Se eu soubesse onde fica já teria ido.

- Consigo o endereço pra você.

- Consegue?!

- Sim. Vá pra aula, pro seu estágio e até o fim do dia te passo o endereço do panqueca.

Com certo receio, faço o que Luana diz.

Eu sei que ela vai conseguir, só não sei se terei coragem de ir até lá.


ღღღ


Passo o dia todo ansiosa, e Luana não me deu notícias, o que me faz questionar se existe a possibilidade dela não ter conseguido.

Saio do estágio com pressa e sou surpreendida pela minha colega de apartamento me esperando do outro lado da rua, dentro do carro.

- O que está fazendo aqui? - pergunto ao me aproximar.

- Vim te buscar para irmos até o apartamento do Felipe.

- Não precisava vir, eu podia ir sozinha.

- Podia? Tenho certeza que ia perder a coragem no meio do caminho.

Ela tem razão.

Entro no carro e Luana dirige até o alojamento dos alunos.

Quando estaciona, ela percebe meu nervosismo.

- Vai dar certo, Ellen – ela pega minha mão – você está tremendo! Precisa se acalmar.

- Não gosto de chegar de surpresa na casa das pessoas, é falta de educação.

- Me poupe! Você está arrumando desculpas para não entrar no prédio.

Revirando os olhos, ela desce do carro e toca o interfone, dizendo que veio visitar o Caio e eu não entendo nada.

Não demora e o porteiro libera o portão, e Luana só falta me arrastar de dentro do carro.

- Quem é Caio? - pergunto assim que entramos no prédio.

- Meu amigo que mora aqui. Ele autorizou nossa entrada, mas não vamos para o apartamento dele – ela pisca apertando o botão do elevador – que chique! No nosso prédio o elevador vive quebrando.

- Verdade – digo rindo ao entrarmos.

Logo a porta do elevador abre e nós saímos.

- Pois bem. Oitavo andar, apartamento oitenta a três! – minha amiga aponta com o dedo indicador.

Fico parada na frente da porta e não faço nada. Ouço ruídos vindo de dentro, pessoas conversando.

- Melhor irmos embora.

Caminho de volta para o elevador, mas ouço o barulho de campainha tocando.

Olho para Luana sem acreditar no que ela fez.

- Desculpa, Ellen. Mas não gastei gasolina atoa.

De repente a porta abre.

- Luana? - Felipe é quem atende – Ellen?! - ele me olha ainda na frente do elevador – o que fazem aqui?

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