Valentina de Fonteine, 25 anos, uma mulher esforçada, uma grande cientista. Sua inteligência e beleza era o que a tornava diferente de qualquer outra pessoa da Terra, mas claro que como humana, ela tinha suas fraquezas e falhas como qualquer outro.
Era, com toda certeza, a maior fã da Marvel desde que se entendia por gente. Se inspirava nas histórias, buscava força e exemplos com seus personagens que já eram praticamente sua família, era simplesmente de onde tirava sua felicidade e vontade de viver.
Aquela ligação inexplicável, aquela conexão incontestável que Valentina tinha com todo aquele universo desde quadrinhos à filmes e séries, era o que a mantinha firme em seus dias mais obscuros. Na mesma escala que fazia sua felicidade, o sorriso formar em seus lábios, também era a causa de suas lágrimas e noites mau dormidas.
Sem muitos amigos ou parentes, Valentina levava uma vida isolada no sul da Virgínia. Seus pais moravam em outro estado não tinha tios ou avós, apenas um irmão que trabalhava de mais e tinha sua própria família com mulher e filhos.
Ela nunca ligou muito em ser solitária, até porque nunca teve a oportunidade de ter alguém em sua vida que a fizesse desejar algo diferente de seu então refúgio chamado solidão. E é ai onde entra seu personagem mais amado.
Claro que como uma ótima fã, ela admirava e amava todos os personagens, mas havia esse em específico, um que todos nós bem conhecemos por suas trapaças e mentiras.
Sim, Loki Laufeyson, era com toda certeza o seu maior desejo, o maior pecado que Valentina poderia cometer e ela sacrificaria qualquer coisa para ter apenas alguns segundos ao seu lado ou uma simples troca de olhares. Se houvesse apenas uma chance de isso acontecer ela o faria, Deus, ela faria sem nem hesitar.
Ela conseguia ver, de certo modo, à si própria no Deus da Trapaça e com isso conseguia entendê-lo. Toda aquela vida de renegado, todas as tentativas de ganhar um simples gesto de afeição de seu pai, aquela vida solitária, ela conseguia se colocar no lugar dele.
Aos olhos de muitos era loucura Valentina, uma cientista renomada na área quântica, se conectar tanto, achar paz em um mero personagem fictício mas era como se Loki preenchesse todas as lacunas de sua vida, mesmo sendo impossível de sequer tocá-lo.
Valentina teve que se conformar com esse fato, esse fardo, saber que jamais daria certo.
Aquele sentimento de questionar tudo em sua volta, sobre suas decisões, futuro incerto, tudo parecia irresoluto e só ele tinha esse poder sobre ela. Valentina amava, ansiava por isso, e ter a certeza de que jamais poderia ao menos conversar com ele, à fazia preferir a morte.
Então, sendo uma mulher que não aceitava estar tão vulnerável, ela pensou, estudou, reuniu todo seu conhecimento, que não era pouco, sobre física quântica e enfim chegou a conclusão de que poderia dar certo.
Criar uma máquina que viajasse através de uma tela, a enviasse para dentro de um determinado filme.
Sim, era inacreditável ter uma ideia dessa, totalmente louca, arriscada, imprudente e até mesmo revolucionária mas se houvesse ao menos 1% de chance ela tentaria, custe o que custasse.
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Depois de dezenas de experimentos, testes, cálculos e noites mau dormidas, Valentina havia enfim chegado a sua fórmula final com a certeza de que a coisa mais inacreditável que ela havia projetado, estava pronta para ser montada.
Tendo como cérebro único e principal o dela mesmo, que era o mais confiável por se tratar de uma invenção tão louca e poderosa, muito bem criada e planejada, estava pronta pare ser construída.
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Muitas horas de trabalho fazendo cálculos e carregando equipamentos mais pesados que ela mesma foram gastos mas a máquina finalmente estava pronta.
— Inverter e aumentar fita de Moebius em grande escala, levando em consideração a decomposição espectral: feito; – Valentina recitava em voz alta sua lista de afazeres para que sua criação ficasse pronta e não explodisse à qualquer instante. – Reorganizar estruturas de nêutrons: feito; Envolver o tubo de contenção com titânio: feito; Tomadas 220 volts à todo vapor. E agora por último e não menos importante, ligar tecnologia quântica – um sorriso formou-se em seus lábios ao perceber que o sonho havia se tornado realidade. – Isso vai acabar com a luz do bairro inteiro
Era grande, mas cabia dentro da garagem. Sua cor prateada e sua forma circular, fazia parecer que estava em um filme. Havia alguns tipos de braços erguidos por toda sua volta, enquanto as placas de titânio ajudavam à não escapar radiação, os milhares de fios puxavam a energia que ali passava.
Em seu centro, algumas ondas de energia azul dançavam em plena vista, a tela de comando brilhava feito o Sol e os milhares de fios estariam espalhados por todos os cantos se ela não fosse a louca da organização, sempre querendo tudo perfeito até nos mínimos detalhes.
— Certo, agora só me resta ajustar o filme e iniciar. – cantarolou ela em um tom animado e confiante.
Ajustou o filme para o qual queria ir. Thor: Ragnarok era seu destino.
Valentina já conseguia ver tudo acontecer de perto: Hela tentando destruir Asgard; Hulk Thor, Loki e Valquiria lutando contra os soldados da Deusa Morte.
Depois de lembrar perfeitamente de cada detalhe, ela ligou o túnel quântico, mas logo percebendo que havia algo de errado, sua criação acabou abrindo um grande portal azul. A luz era tanta que Valentina não conseguia olhar diretamente.
O chão tremia, ruídos ensurdecedores saiam de todos os lugares e mesmo ela mal enxergando para onde caminhava, deu alguns passos para mais perto da luz.O portal acabou puxando-a para uma viajem alucinante passando por várias épocas e realidades misturadas.
Seus olhos não conseguiam acreditar no que passava diante deles, sua mente sentia um grande mix de sentimentos: medo porque não sabia onde e nem como poderia terminar, e as chances de acabar morta eram enormes; felicidade porque de alguma forma sua invenção tinha dado certo; e, obviamente, estava maravilhada com tudo aquilo. Era tão extraordinário ao ponto de ser incompreensível.
Até que tudo parou.
Valentina havia caído no meio de uma rua com dezenas de pessoas correndo para longe de algo ou alguém, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa a respeito, seu cérebro desligou, apagou completamente, levando consigo sua consciência.
Continua...
PS...
E ai pessoal o que acharam desse primeiro capitulo? Comentem e não esqueçam de votar.
A viajem da Valentina foi inspirada nessa cena do doutor Estranho:
⎊۞ Mariana ⎊۞
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Valentina De Fonteine: Descobrindo o Multiverso
Romance🚫CAPÍTULO 1 ao 14 JÁ REVISADO (15/12/2021) ⚠️ESTOU REESCREVENDO ENTÃO SUJEITO A MUITAS ALTERAÇÕES Olá Leitores Eu trouxe uma história totalmente diferente para vocês que procuram ação, aventura, vilania, heroísmo e o melhor romance com alguns hot...