Quase Invisível (Romance Lésbico)

Cap 11

Não declares que as estrelas estão mortas só porque o céu está nublado.

Esse é um provérbio Árabe, muito parecido com aquela frase "a esperança é a última que morre" ou aquela "não julgue um livro pela capa", ditados que você com certeza já ouviu alguma vez na sua vida. Se pararmos para pensar essas duas últimas frases têm um contexto muito parecido com o provérbio, mas entre si elas não são nada parecidas, engraçado isso né, você acredita em alguma delas? Você sabia que estrelas realmente morrem? Sabia que ninguém nunca poderá se despedir de alguma delas?  Você sabia que as maiores estrelas são as que morrem mais cedo?

Sim, estrelas morrem, basicamente elas usam toda a energia que podem para se sustentar e fundir determinados minérios e substâncias, então quando sua energia acaba seu núcleo entra em colapso e elas simplesmente explodem, porém elas podem se tornar duas coisas completamente diferentes, se for uma estrela com menor massa ela irá explodir e se tornar uma supernova, ou seja, uma nova estrela. Porém se for uma estrela "gordinha" que tem mais massa, como o sol ou até maior, com a explosão o núcleo se transformará em um buraco negro e nada ao seu redor poderá escapar de sua atração, nem mesmo a luz. Uma parte das estrelas que vemos já morreram há muito tempo. A sua distância de nós era tão grande que, quando a luz que emitiram chega até aqui, elas mesmas já não existem mais.

A esperança funciona como as estrelas, se você for uma pessoa com a esperança "magrinha" durará por mais tempo, pois será pequena e forte, mas se você for alguém com a esperança "gordinha" talvez seja melhor se preocupar, porque sua frustração ao lidar com determinadas situações vai te afetar drasticamente. A decepção é sempre pior quando as expectativas são altas. Porém não estou dizendo para não ter esperança, eu sinceramente acredito que ela é um ótimo remédio para diversas feridas, então tenha esperança, mas também tenha cuidado.

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— Precisa ser mais rápida se quiser ir para campo agente Oledon, precisa ser mais precisa em seus movimentos, melhorar seus reflexos, desse jeito você pode ser pega de surpresa a qualquer momento. — Quem treinava a garota era sua própria capitã, Jane Doe, a de cabelos escuros tinha se apegado a Léa desde seu recrutamento, a morena lembrava muito da superior quando entrou no FBI, perdida e tentando descobrir quem era, tentando descobrir o que podia fazer, como podia ajudar, descobrir quem lhe fez tão mal e a sua família.

As duas treinavam em uma sala isolada onde haviam sacos de pancada e equipamentos para treinamento, Léa tentava lutar contra sua capitã, mas era praticamente impossível acertá-la, a mais velha havia sido treinada por muita gente, pessoas boas e más, instituições grandes e fortes, já a morena mais nova era só uma novata aprendendo a bater. Jane se esquivava com facilidade e sempre tentava orientar Léa para melhorar, atirar para a Oledon não era um problema, ela já havia passado por esse treinamento e se saiu muito bem, mas a luta era um pouco mais complicado, pois mesmo jogando com a irmã mais nova as vezes, não era o suficiente para trazer um preparo físico para Léa, sua irmã se sairia muito melhor em coisas assim do que ela, Bianca era rápida e estava sempre atenta a todos os arredores, sempre prestando atenção em tudo, no fundo a irmã mais velha sabia que a ruiva só era tão boa na concentração pois passou tempo demais jogando Tétris e exercitando sua mente com atenção, além claro do trauma de quando a mãe foi assassinada, já que viviam com medo até de sair de casa e serem mortas também pelo maluco que assassinou a mãe, mas não podia negar que naquele momento enquanto só conseguia apanhar, ter a concentração de Bianca seria muito bom.