Cap 04

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"Às vezes a vida é dura. Você recebe choques e mais choques. Parece que querem derrubar o mundo sobre sua cabeça.
Por isso, sempre sorria!
Se tiver que morrer, morra sorrindo!
Se tiver que matar, mate sorrindo!
E sempre coloque um sorriso no rosto das outras pessoas.
Nem que para isso precise rasgar-lhes a face de orelha a orelha."

Coringa.
 

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Não existe uma forma certa de viver no mundo, até porque ele não é o lugar mais maravilhoso que possamos encontrar, mas isso não é culpa dele, querendo ou não é culpa nossa, mas algumas pessoas insistem em pensar que viver fora da terra, com a cabeça nas nuvens, é algo errado. Viver longe dessa loucura as vezes é o que nos salva de sermos tão hipócritas, a realidade não é bonita e muitos se escondem dela e preferem viver na lua, mas vou dizer, a lua é um lugar legal.

Aqueles que se perdem na loucura do mundo e admitem que são diferentes, aqueles que negam a normalidade e a realidade de suas vidas, são os que sabem viver, porém não é errado se esconder.

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— Tá preparada para as voltas as aulas irmãzinha. — Essa era Léa zoando com a irmã mais nova em mais uma de suas chamadas de vídeo.

— Aquele inferno? De jeito nenhum. — A mais velha ri da cara de assustada da ruiva.

— Pelo menos tem as meninas do orfanato esse ano. — Diz tentando mostrar o lado bom pra Bianca.

— É você tem razão, a gente passou semanas estudando e eu descobri que aquela Eduarda é muito inteligente cara, ela na maioria das vezes nem precisou de ajuda. Como será que era a família dela?

— Eu diria pra você perguntar, mas acredito que vc levaria um baita de um vácuo, então vou poupar sua humilhação, já tentou pesquisar sobre o sobrenome dela na internet? Talvez resolva seu problema.

— Sim eu já pensei nisso, porém eu lembrei que eu não sei o sobrenome dela. — Disse com uma cara um pouco desapontada com si mesma.

— Poxa irmãzinha você já foi melhor em, existe um lugar no orfanato chamado escritório, tem o arquivo de todas lá. — Léa responde como se fosse óbvio.

— É eu sei, mas eu vou conseguir ouvir a voz dela uma hora, então quando eu conseguir eu pergunto, não quero me intrometer nos arquivos dela, quero que a Eduarda se sinta livre pra falar comigo, que ela confie em mim, não sei como, mas sinto uma conexão com ela, entende? — Pergunta com expectativa, Léa encara a irmã por um momento, analisando o que a menina mais nova estava dizendo e como estava dizendo, ela deu um sorriso orgulhoso, que torceu pra Bianca não ter visto, o ponto era que a mais velha via algo ali que a ruiva demoraria muito tempo pra ver.

— É, talvez faça sentido.

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Orfanato família Oledon

Eduarda estava na biblioteca a horas, revisando tudo que tinha visto e mais um pouco, ela estava determinada a conseguir a bolsa se lembrava de sempre ouvir o irmão Joaquim dizer que aquela escola iria abrir muitas portas pra ele, e a menina tinha certeza que o mais novo sempre imaginou uma escola abrindo uma porta e não o sentido literal da frase, onde a escola daria um futuro pra ele. O pequeno almejava estudar naquele lugar de uma forma incomparável, mas seus pais nunca fariam nada pra que isso acontecesse, eles nunca se importaram e se hoje o garoto estivesse vivo, não estaria estudando lá.

A de cabelo castanho viu ali, naqueles livros, naquela garota ruiva, a chance de realizar o sonho do irmão por ele, não sabia se o garoto sentiria orgulho, mas ela tava ali, estudando pra passar na prova pelo irmão e ela iria conseguir.

Quase Invisível (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora