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"Primeira vítima, em Flusherdy"

- Sabe de quê, droga?- Ela não pode saber dessas merdas, Não pode.

- Sei que você!- Ela me empurra. - Passou por algo, que te deixou traumatizado para sempre.- Me tranquilizo um pouco.- E você desconta esse trauma, na sua familia, e nas pessoas que tentam se aproximar de você.

- Você não sabe de merda nenhuma da minha vida.- Digo lentamente, para que ela entenda. "Mate-a." diz a voz na minha mente.

- Sabe por que, eu li aquilo?- Ela pergunta, retóricamente. - Porque eu sei que você precisa de ajuda. Eu sei que esse olho roxo, é só a ponta do iceberg, que é sua vida.- Olho com raiva para ela.

Ela não pode saber tanto da minha vida.

- E como você tem tanta certeza, de que tenho trauma de alguma coisa?- seus olhos deixam os meus, então ela responde;

- Por que, eu me vi em você, Jack.- Posso dizer, que poucas coisas me surpreendem, mas a Sam se superou. Ela não tem ideia pelo o que eu passei.

- Ah! e qual foi seu trauma? Você quebrou uma unha?- Zombo, essa garota não deve ter idéia, do que seja um trauma.

Seus olhos ficam tristes, e enchem-se d'agua.
Ela põe o dedo no meu peito.

- Você é um porco! Eu tento te ajudar e você me agradece assim?- Ela toma fôlego - Você não tem ideia do que eu passei. Se você pelo menos sonhasse o que aconteceu comigo, você não gozaria da minha cara desse jeito.- Por mais que a curiosidade me consuma agora, meu lado negro fala mais alto.

- Eu não quero saber sobre como sua vida foi uma merda, E eu não quero você, metendo esse seu narizinho onde não é chamada. Ajude quem quer ser ajudado.-

Ela está com a boca aberta para falar algo, mas não diz. É isso aí. Não sou de ter pena de garotinhas frágeis.

Ela não fala nada. Só vejo Sam levantar sua mão em direção ao meu rosto, me dando um soco.
Isso mesmo! Um soco de punho fechado.

Desgraçada!

- Você realmente, é um filho da PUTA!- Não! Não! Não! Eu não posso. Pode sim! Mate-a!

-Acalme-se Jack.- digo em pensamento. Mas meu verdadeiro eu, diz; Mate essa vagabunda Jack, mate-a, mate-a. Agora!

Agarro seu pescoço, pressionando sua cabeça contra a parede.
Ela fica de olhos arregalados.
Fecho o punho com êxtase porporcionado pela raiva.
Vejo que ela fecha os olhos, esperando meu ataque.

- Eu falei para não chamar, nunca, minha mãe de puta!- Aperto mais ainda seu pescoço.
- Agora, você vai sofrer.- Ela extremece, sinto uma tensão em seu corpo.

- Vai! Anda. me bate! Eu sei que você, não é homem para isso!- Ela cospe as palavras e literalmente também.-

Levanto a mão para dar o que ela realmente merece.

Mas o que acontece, é que vendo ela alí, entregue mim, uma excitação enorme, apodera-se de mim, e quando menos percebo, a beijo.

Sinto o gosto de sua boca, um gosto de hortelã, e alguma coisa doce, talvez o medo que ela estava antes.
Ela retribui o beijo, com sua boca gostosa, abraçando meu corpo ao seu, enquanto minhas mãos vão percorrendo por cada parte de suas curvas.

Nossas linguas dançam, de jeito desesperado e único.

Interrompo o beijo, olhando em seus olhos, sua pele está corada, tão bonita. Minha cachorrinha pinscher raivosa.
Ela não diz nada. Pega sua bolsa que havia caido no chão. E sai correndo.

- Ah, você não sabe o que te espera Sam.- murmuro.

§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§

Chego em casa as 17h e 32min. Está uma grande confusão. Liam chora sem parar, enquanto Arnold tenta acalmá-lo.

O que será que aconteceu?

Vou para cozinha a procura da minha tia pamonha.

- Tia, o que aconteceu?- pergunto ao vê-la, lavando as panelas.

- Oh jack- Lamenta - O zun, morreu- faço minha melhor cara de surpreso que tenho.

- Do que a senhora está falando? Ele, até ontem, estava pulando por aí- Ela balançou a cabeça positivamente.

- Eu sei,- Ela choramingou- Ele morreu ao lado Liam.
Meu Deus! Que comovente.

- Que chato.- Digo, sei que foi frio. Mas queria que eu fizesse o que? Não sei fingir alguns sentimentos muito bem.

- Tia, a senhora ainda tem aqueles remédios para dormir?- Ela me encara incrédula.

- Você disse que havia superado o que aconteceu com sua mãe Jackson.- forço um sorriso.

- E superei. Só preciso dormir. Tenho tido pesadelos últimamente.- Ela faz uma cara de que não acreditou muito, mas abriu uma gaveta e pegou uma cartela de comprimidos, expremeu um e me entregou.

- Toma, vai dormir a noite toda.- Pego um copo d'agua, o comprimido, deixo-o em baixo da lingua e finjo que bebo.

- Que comer Jack?- Pergunta. Balanço a cabeça negando.

- Só quero dormir. Até amanhã.

Subo as escadas, entro no meu quarto, deposito o comprimido no criado mudo ao lado da cama, e me preparo.

Sim!

Finalmente chegou a hora.

Felin, será minha primeira vítima. Minha primeira puta de Flusherdy.

§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§

Já passa das 01h da manhã.

Chegou a hora.

Minha tia já veio conferir se eu estava dormindo.

Ok. Mereço um oscar pela minha interpretação.

Ótimo. Tudo está perfeito.

Visto minhas roupas especiais, pego minha faca e pronto. Abro a janela e pulo para fora da casa.

Caminho por cerca de uma ou duas horas até chegar ao ponto onde Felin faz seu programas.

Descobri que ela tem 23 anos e trabalha como prostituta há 4 anos.
Quantas famílias ela já não destruiu nesse periodo de tempo?

Aproximo-me dela, ela me vê.

- Oi gato, quer diverção?- Se quero! Não respondo, chego mais perto e puxo-a para um beco escuro.

O calor da noite, deixa tudo mais interessante.

Não há pessoas que possam me parar. Sou eu e ela. E não terei compaixão.
De ninguém.

JACKOnde histórias criam vida. Descubra agora