"Provocando o monstro"
- O que disse, senhorita Rickers?- perguntou a professora, para Sam.
A safada levantou o olhar, e se fez de desentendida.
- Oh, perdão sra, Ferzie.- Ela pegou um livro e o levantou, mostrando-o para a... Ah sei lá como é o nome dessa velha escrôta. - Eu li alto demais, mil perdões.- A professora, apenas faz um gesto positivo com a cabeça e volta a dar aula de... Se não me engano é de literatura ou qualquer merda parecida.
Depois de horas, ouvindo blá, blá, blá, finalmente o sinal toca.
Um dos babacas toca meu ombro e fala;
- Ei cara, você gosta de jogar video-game?- Eu acho que não ouvi isso!
O cara já deve ter uns 18 ou 19 anos, cheio de pentelhos e ainda reúne os amiguinhos filhinhos da puta para brincar? É de cair o cu da bunda.
- Ah, não muito, eu curto mais ficar na minha mesmo.- Ele fez um sinal positivo com a mão e disse;
- Valeu então cara. Até amanhã.
Apenas repito seu gesto.
Você deve estar se perguntando: " Jack, se você acha esses caras uns idiotas, por que você foi conversar justo com eles?"
Simples; Ninguem suspeitaria dos idiotas bagunceiros. É perfeito.
- Sr, Klowston. Venha aqui.- A professora me chama. Meus "parceiros" já se foram. Aliás, quase todos na sala, tambem.
- Sim?- pergunto, tentando lembrar de algo errado que tenha feito. Mas não vem nada em mente.
- Como você chegou agora, receio que não saiba, que passei um trabalho em grupo. Droga! Era só o que me faltava.
- Não senhora, não sei.- disse, quase revirando os olhos.
Ela pegou um papel dentro de sua gaveta e me entregou.
- Procure a senhorita Rickers e... Blá blá blá... Porque ela não tem ninguém no grupo dela e... Blá blá blá.-
Não me julgue, pois só ouvi apenas, as partes importantes.
-Sim, senhora- Disse saindo corredo de lá. Minha cachorrinha acabou de sair.
Não há quase niguem aqui. Parece uma cidade zumbi. As pessoas realmente adoram a escola, tanto, que assim que o sinal toca, todos evaporam.
É incrivel.
Vejo quando ela entra no banheiro. - É minha chance.- Corro até o local de sua entrada e entro a procura dela.
Vejo-a em frente a pia, olhando-se fixamente no espelho.
Ela esta... Chorando. Detesto garotas choronas, me dá logo uma raiva, mas essa eu deixo passar. Ela me vê.Antes que ela grite, vou em sua direção tentando acalma-la.
- Oi, amor. Nos encontramos de novo.- digo bem proximo. Vejo que ela arrepia-se sutilmente, e começa a ofegar de leve. O que acaba me fazendo ter uma ereção imediata.
Fala sério, eu sou um adolescente de merda que fica de pau duro por qualquer coisa?
Entrego-lhe o papel que a professora me deu e coloco a mochila, cobrindo o volume no meio das minhas pernas.
Ela analisa o papel atentamente
- Você está de brincadeira comigo?- Diz, virando-se para mim. Não consigo pensar em outras coisas para abaixar essa ereção.
- O que eu mais quero, é brincar com você, acredite! E muito. Mas por enquanto, é só a droga do trabalho.- Ela revira os olhos.
- Não estou tão desesperada assim.- Entraga-me o papel. - Sábado, as 16:00 horas, na minha casa.- Ela diz, indo abrir a porta.
Antes que ela saia, abordo-a contra a porta.
- Por que não, na minha?-digo em duplo sentido, de novo ela ofega sutilmente.
Levo meus lábios roçando em sua orelha e ela estremece.
-Está excitada, não é? É bom.- De repente ela vira, e acerta em cheio o meu rosto.
Me afasto nesse momento do meu pinscher raivoso.- Nunca mais, encoste em mim, seu filho da puta!- Não, não posso acreditar que ela disse isso.
Aquilo acende um ódio dentro de mim.
Não pelo tapa, eu até mereci, mas aquela palavra que ela se referiu da minha mãe.
Sam tem todo o direito de não me aceitar, mas chamar minha mãe de puta? Aquilo me deixou louco.Recomponho-me, e rapidamente agarro seu queixo, pressionando sua cabeça contra a porta.
- Me escuta bem.- Aperto ainda mais, aquele ponto, entre a boca e o queixo. Seu olhos estão assustados.
- Nunca mais, chame minha mãe de puta! Entendeu?- ela não responde, apenas olha nos meus olhos, assustada.Dou um soco na porta, do lado da sua cabeça, ela geme assustada com o impacto.
- Entendeu?- pergunto, friamente.
- S-sim- Ela gagueja, solto seu queixo, que está vermelho, com as marcas que meus dedos deixaram.
- ótimo.- Sorrio novamente. Ela começa se afastar, tremendo de medo.- Ei não precisa ter medo de mim. Eu não faria mal a você.- Tento acariciar seu rosto, mas ela desvia.
Será que pode ficar pior?
Antes que fique, decido encerrar meu assunto com minha cachorrinha pinscher raivosa.
- Te espero sábado, as 16:00 horas, em ponto, na minha casa.- Abro a porta de saida, - E é melhor aparecer, amor, não vai querer que eu te procure, vai?- Ela só olha para mim e me mostra o dedo do meio.
- Ótimo. A gente se vê.- Saio pela porta; deixando-a sozinha no banheiro.§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§
Chego em casa por volta das 19 horas. Minha tia, Arnold, Liam e minha vó, estão no sofá assistindo alguma bobagem.
- Jack.- Minha tia fala. - Como foi o primeiro dia?- poderia dizer que foi; infernal e produtivo, mas não cairia bem.
- Foi legal.- Ela levanta-se.
- Vem, vou preparar alguma coisa para você comer.- Ela vai até a cozinha, acende a luz e revira algumas panelas.
Vejo que Arnold levantou-se meio tonto e foi em direção a ela. Tenho uma certeza; hoje ele está bêbado.
- Você não tem que preparar nada pra esse drogado. Ele nem trabalha, para por um grão de arroz aqui dentro.-
Minha tia o ignora, já eu, estou a ponto de explodir.
- Nem você trabalha.- Falo, ele vira a cabeça para me encarar, cerra os punhos. Sei que vou apanhar hoje, mas tudo bem.
- Repete drogado, bastardo!- Ele acha que me intimida? Nada me intimida.
- Nem você trabalha- repito, ele vem em minha direção e acerta com força meu rosto, me fazendo cair no chão.
-Filho da puta!- ele grita, minha tia está desesperada atrás dele, tentando impedi-lo. Meu sangue começa a borbulhar.
- Você é tão infeliz, seu bastardo, que até a sua mãe preferiu morrer, à ficar com você.- Levanto-me para acertá-lo com um soco. Mas ele dá um tapa na minha cabeça. Me levando ao chão, novamente. - Nem seu pai te quis, preferiu uma prostituta!- ele me dá um chute no estômago.- seu drogado.- me dá outro chute.
Minha tia pula em cima dele para fazê-lo parar.
- Para Arnold, você bebeu demais.
É Arnold, você bebeu demais.Levanto-me do chão, subo para o meu quarto e tranco a porta.
Estou com muito, muito ódio.
Alguem tem que pagar, e eu já sei quem.
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JACK
RomanceO quanto uma infância traumática pode influenciar no desenvolvimento psicológico? Lembre-se: A maldade não nasce com ninguém, é criada.