"Quem é você, Sam?"
Ele está sangrando tanto, minha alma doi, mais do que meu corpo.
Os médicos, estão encaminhando ele para uma grande sala branca.
Tento seguí-los, mas um homem grande entra na minha frente.- Sinto muito, senhorita. Mas você não pode entrar.- Eu já esperava por isso.
Já assistí muitos filmes para saber que não se pode entrar alí.Não irei fazer confusão, afinal; além de não adiantar. Ainda serei expulça.
Então decido ficar na minha.Calmamente, ando até o corredor, onde há várias pessoas esperando por noticias dos parentes e amigos. E agora eu sou uma delas.
Quem faria isso com o Jack? Ele, não é o melhor ser-humano do mundo, mas... por que?
E minha casa? Oh meu Deus, a minha casa...como puderam fazer isso comigo?Minhas coisas.
Tudo de bom que restava de mim, estava naquela casa.
Ainda tenho que dar um jeito, de conseguir remédios novos.
Minha cabeça, parece uma montanha russa, está cheia, de tudo, e de todos.
..........................................Estou numa maldita, máquina tentando comprar café, Quando uma mulher baixa, morena, de cabelos cacheados, fala;
- Parentes, de Jackson Klowston.- Corro até ela, parecendo uma louca (Sarcasmo).
- Aqui! Ele está bem?- Pergunto, tropeçando nos pés de algumas pessoas.
Que por sinal, me xingaram, de nomes terriveis.Dra; Luana, como diz seu crachá, me olha com...talvez, incerteza, e por fim fala.
- Bom...O senhor Klowston, passa bem.- Suspiro aliviada.
- Por sorte, a bala atravessou o ombro, e não chegou a perfurar nenhum orgão.
Se fossem mais, alguns centímetros a direita, talvez ele estivesse...
- Não termina, por favor!- Peço. - Não quero nem pensar nisso.- Passo as mãos suadas e trêmulas, pelos cabelos.
- Você já falou com a polícia sobre o tiro no seu namorado?- Me senti desconfortável, com essa afirmação.
- Sim, eu já expliquei tudo. E eles vão procurar, quem fez isso. Eu posso vê-lo?- Pergunto esperançosa.
- Sinto muito, mas...não. Ele ainda está sob os efeitos dos remédios, por tanto, está incomunicável.- Disse com a voz calma.
- Por que, não vai para casa? Tomar um banho...quem sabe até descançar um pouco.- Põe as mãos nos meus ombros.
- Garanto, ele ficará bem.- Sinto-me, um pouco melhor.Depois de me despedir, da dra; Luana, fui dar um jeito de conseguir, meus Anti-piscóticos.
Enfim...depois de ter uma complicação atrás da outra, consegui os meus remédios.
Lembro-me, e ter que avisar, aos tios do Jack, o que aconteceu.
Ainda não sei como contá-los. Estou tão abalada, emocionalmente, que nem posso raciocinar direito.
Como sei, que não há mais nada a ser feito, decido, ir para a casa do Jack.
Depois de andar alguns quarteirões, chego a porta da casa dos Klowston.
Sem muita coragem, bato umas quatro vezes.
Então a tia do Jack, abre a porta.
O que era um sorriso, transformou-se, numa expressão de horror.
- Meu Deus! O que aconteceu, querida?- disse, liberando a passagem, para que eu passe.
Depois de contar tudo para ela (Menos a parte de que eu sou louca, e que o Jack e eu transamos) seu rosto estava, com uma expressão indescritivel.
- Eu...ele está bem mesmo? Tenho que ir para lá!- Fala levantando-se.
- Mas, espera eu...- Tento falar.
- Sam querida...- Corta minha frase. - Pode ficar o tempo que quiser. Mas infelizmente, te deixarei sozinha agora. Tenho que ver meu sobrinho.- Pega sua bolsa, e sai.
Estou um pouco paralizada.
Como ela deixa, uma compléta estranha, dentro de sua casa e sai? Que loucura!
Decido subir, e procurar um banheiro, para tirar esse cheiro de fumaça do meu corpo.
Entro em vários cômodos, até encontrar, um quarto.
Ele é um pouco desarrumado, algumas cuecas, e camisas, espalhadas pela cama;
"Jack" Pensei.
Entrei, e fechei a porta, atrás de mim.
Tudo tem o cheiro, e a personalidade dele.
Noto uma porta entre-aberta, vejo que se trata de um banheiro.
Ele é pequeno, um pouco desorganizado.
Decido tomar um banho.
Retiro minhas roupas cinzentas. E entro naquela deliciosa àgua morna.
Enquanto a àgua, caí sobre meu corpo, sinto um prazer incontrolável.
Foi o melhor banho da minha vida.
Saio do banheiro, enrrolada numa toalha, que encontrei, perto do box.
Não irei mexer nas coisas da tia do Jack, e tambem não vou ficar pelada.
Vou em direção, ao guarda- roupa dele e abro-o, pego uma camisa grande, e uma cueca limpa (claro!)
Ficam um pouco folgados em mim, mas tudo bem.
Viro-me para fechar as portas.
Então noto que dentro do guarda-roupa, há...uma pequena, fenda.
Dou umas batidinhas, e para minha surpresa, é oco.
Chego a uma conclusão; é um fundo falso.
Por que o Jack, iria querer um fundo falso?
Sei que não é certo, mas a curiosidade, fala mais alto.
Estendo a mão para verificar o que há alí.
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JACK
RomanceO quanto uma infância traumática pode influenciar no desenvolvimento psicológico? Lembre-se: A maldade não nasce com ninguém, é criada.