'Quase'
- Como você!- Me acerta um tapa forte no rosto- Teve coragem de fazer isso, seu cretino!- berra.
- Eu te avisei que iria se arrepender por me dar as costas.- falo com toda a frieza que tenho.
- E eu pensando que você...que você...- começa a andar de um lado para o outro.
- Como eu vou para casa agora?
- Venha comer comigo e em troca eu te dou uma blus...- Ganho outro tapa.
- Vai se foder! Seu cretino, desgraçado!- Meu sangue começa a ferver Mantenha a calma Jack. Fecho os olhos.
Solto a faca no chão para não fazer merda.
Ela abre a porta.
Espera, para onde ela pensa que vai?
- Ei! Você vai sair assim?- Pergunto incrédulo.
- Vou, e daí?- No momento em que ela, põe os pés para fora da casa, puxo seu braço com toda a força.
- Sai de perto de mim seu doente!- Ganho o terceiro tapa, (isso já está ficando chato), bato seu corpo contra a parede.
Ela não diz nada, apenas me encara, assustada.
- Eu vou... pegar uma blusa para você, me espere aqui.- Deixo-a paralizada, encostada a parede.
Vou no quarto da minha tia e pego uma blusa sua.
Chego a sala e entrego-a, a Sam.
Ela pega da minha mão com cuidado, para não descobrir seus seios.
- Eu peço desculpas pelo que fiz. Eu não sei o que deu em mim... Por favor Sam, eu gosto de você. Não quero que nossa amizade termine assim. - tomara que o pedido de desculpas pareça sincero. Ela se acalma um pouco.
- Tá.- Ela fala vestindo a blusa.
Depois recolhe suas coisas do chão.
- P-posso ir?- por que ela está pedindo minha permissão?- Pensei que você não fosse submissa.- Ela se afasta um pouco de mim.
- E não sou. Só não sabia que estava a mercê de um...louco?- dou meu melhor sorriso.
- Eu não sou louco Sam, eu posso ser tudo o que você quiser, menos louco- ela esboça um olhar triste.
Passa a mão por sua trança desalinhada. Acaba desfazendo o penteado, deixando, seus bonitos cabelos soltos.
- Jack, posso te fazer... Só uma pergunta antes de ir?- Me espanto com sua pergunta repentina. De uma hora para outra.
Ela só pode ser Bipolar.
- Tecnicamente, já está fazendo, mas sim, você pode fazer.- Ela fica meio sem jeito.
- Desde aquele dia no banheiro, eu me pergunto, por que você...- ela trava.
-Eu o quê?- incentivo-a.
- Por que você tem raiva, quando alguem fala...aquilo.- Fico confuso.
- Aquilo o quê?- pergunto.
- Aquela palavra com "p"- dou um sorriso.
- Ah, "puta". Eu não tenho raiva dessa palavra. Eu até uso ela em alguns casos.- Sam fica sem entender.
- Então você gosta de me bater?- Dou uma risada longa.
- Sam, eu nem encostei em você, acredite e nem faria isso. E eu só me irrito com ela, quando é empregada de alguma forma a mim. Não gosto de ter que associar minha vida a alguém como ela de nov...- Porra! Falei demais.
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JACK
RomanceO quanto uma infância traumática pode influenciar no desenvolvimento psicológico? Lembre-se: A maldade não nasce com ninguém, é criada.