19 Fim.

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"O adeus"

"Dizem, que quando você está préstes a morrer, sua vida passa diante de seus olhos. Isso não é verdade. O único momento que você vê, é o da sua absolúta e agônizante, morte."

Eu sou um assassino. Não, eu não sei o que posso fazer para reverter isso, e sinceramente, nem sei se quero.
Eu sou um assassino, mas não qualquer assassino, você sabe sobre o meu passado. Não me faço de coitadinho. Mas tambem não tenho contrôle sobre meu atos.

Mas não sou louco.

Sim, tenho algum grau de psicopatia. Mas sei que posso sentir coisas...que as outras pessoas sentem, e é isso que me deixa confuso.

Sam, está sendo a melhor, mas tambem, a pior coisa, para minha vida. Ela me machuca, me compreende (pelo menos, a maior parte das coisas), ela me desafia, me...ama, me bate, me dá o melhor sexo da vida. Bem...não irei entrar, nesses detalhes.

Estou tão perto dela, e ao mesmo tempo...tão longe.

A arma de Scott, apontada para nós, me faz refletir sobre como irei prosseguir minha vida, com ou sem ela.

Scott tenta parecer firme, mas vejo um grande corte, na parte direita da boca dele. Sam definitivamente, é a minha garota.

De repente, ele deixa sua arma, apontada, diretamente para mim.
Sam entra na minha frente.

- Eu não vou deixar você atirar nele!- ela grita, tento empurrá-la, mas é em vão.
Engraçado, pensei que Sam nunca mais iria querer me ver. Mas ela parece, talvez...até querer morrer por mim.

- Sai!- Scott grita com dificuldade.- Sai da frente, sua puta!- Não aguento isso. Empurro Sam para o chão. Corro para quebrar a cara desse filho da puta.

Chuto sua mão, que estava segurando o revólver, mas a arma não cai.
De repente Scott se recompõe, então logo me dá um chute no estômago. Mas não expresso dor, apesar da porra do ombro, começar a doer.

Sinto uma movimentação atrás de mim, então vejo Sam pular em cima do seu tio, enfiando os dedos, nos olhos dele, o mesmo começa a gritar, desesperadamente.

Não perco tempo, chuto o joelho dele, e Scott cai, ainda gritando, Sam retira os dedos dos olhos dele, e põe as mãos em seu pescoço. O desgraçado ainda assim não solta a arma.

Ele então, rápidamente, se levanta puxando Sam com ele.
Põe a arma na cabeça dela, e prepara-se para puxar o gatilho.

- Para!- Grito. Não sei o que farei para salvá-la. Pela primeira vez, estou perdido. - Para, Scott. Você é o que...? Uns 8 anos mais velho do que eu. E vai destruir sua vida?- Ele olha para mim, curioso. - Ela é sua sobrinha, você vai matá-la?- Pergunto, tentando testar seus limites.

Ele aperta, a arma contra a cabeça dela, nesse momento eu sei que nada do que eu disser vai adiantar, Scott vai matá-la. Vejo-o levar seu indicador ao gatilho, é nesse momento que Sam faz uma coisa arriscada ao extremo, a garota pisa no pé do homem grande, que tira a arma de sua cabeça, ela aproveita isso, e dá uma cotovelada, na barriga dele, fazendo-o inclinar-se para frente.
Eu aproveito, e corro até os dois, acertando uma joelhada no rosto dele.

Sam pega a mão do seu tio, e começa a torcer seus dedos, para tentar pegar a arma. Seguro sua cabeça, e acerto suas costélas, com um chute.

Nunca ví um homem gritar tanto.

De repente, vejo Sam com a arma nas mãos, pronta para atirar em seu tio.

- Não.- Impeço-a - Não faça isso. Depois que você começa, não há como parar.- Digo. Scott parece ter desmaiado, mas por via das dúvidas...agarrorro seus cabelos, e bato sua cabeça no chão.

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