Epílogo

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"Eu sou Jack"

""2 anos depois""

O que eu mais gosto na minha vida? Lembrar da Sam.

Não, não sou um cara obssessivo, mas pense comigo, eu descobri, que a amo.

E além de tudo.

Estou há dois anos, sem sexo.

Sim, é espantoso, logo eu, Jack Klowston, sem sexo!

É um choque muito grande.

Continuo sem gostar de curiosos, por tanto, não espere que eu conte todos os detalhes da minha vida, ou de como, me recuperei, estou aqui para contar minha história, não uma baboseira de auto-ajuda.

Continuo odiando, crianças, e velhos. Não me julguem, ou se quisérem, podem julgar.

"Mas Jack, você um dia já foi criança!"

Sim. E agradeço a minha memória por apagar essa fase da minha cabeça.

"Mas Jack, você um dia será velho!"

O quê? Nunca! Eu sempre serei eu! Quando eu chegar aos meus...cinquenta anos, pode apostar ainda estarei bonito, e gostoso.

Me recuso a entrar em decadência.

Bom... Mudando de assunto...

Estou aqui no meu carro, pronto para a vida, quer dizer, quase. É um processo constante.

O vento bate no meu rosto, com uma velocidade, absurda. A vontade de pôr a lingua, para fora, é impressionante, mas fica para uma outra hora.

Bem vindo a Flusherdy

Diz uma placa velha, a minha frente.

Estou chegando, para dar vida a esta cidade morta
Começo a pensar, em tudo o que deixei para trás...Sam, Tia Tânia, E os restos.

De repente, sinto uma pequena batida, de raspão no carro e retorno de meus devaneios.

- Barbeiro do caralho!- Berra, um homem alto, e barbudo, que estava com o carro parado no meio da rua.

Coloco a cabeça para fora.

- Faço a barba, cabeluda da sua mãe!- gargalho alto.

Ah! Como é bom, estar de volta.

Sigo meu caminho tranquilamente, até chegar a minha antiga casa.

Está totalmente diferente.

A frente está toda azul, há um jardim e uma varanda florida na sacada. Ok...isso está estranho.

Desço do meu carro, subo lentamente as escadas da varanda, tomo coragem e bato na porta.

Depois de alguns segundos esperando, Liam abre a porta.

Ele está mascando um chiclete, (por um momento, achei que fosse bosta, pelo mal-hálito, que sua boca exala) usa fones de ouvido, usa uma camisa preta, e seus cabelos estão maiores.

- Liam?- pergunto surpreso.

Ele revira os olhos. E me dá passagem. De uma coisa, eu tenho certeza...esse moleque, está doidão.

- Onde está a tia Tânia?- Pergunto, procurando vestígios de algum ser-humano, já que até agora, não ví nenhum.

- Ela saiu, com o namorado.- Fala, olhando para o celular. Namorado?

Bom...isso não importa.

- A vovó?- Pergunto sem muita animação.

- Morreu.- Fala Liam, normalmente, como se fosse uma notícia qualquer.

JACKOnde histórias criam vida. Descubra agora