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"Tragédia"

- Porra!- passo as mãos pelos cabelos.- Não! Não! Não!- A vontade de matar, está aqui.

Meu cerebro está queimando.

Sei que já tenho minha vítima em vista.

Mas é cedo.

- Hoje não!- Gemo.

Mas não adianta.

Cada minuto está perdido.

E sei como acalmar os nervos.

Não consigo resistir.

Começo a preparar tudo.

Ellie, será minha proxima vítima.

18 anos, costuma sair com caras mais velhos.

-Não, por favor! Eu não posso.-
Faça! Você deve.

Perdi! Me dou por vencido.

Ellie você morre hoje.

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Matar Ellie e seu cliente foi meu melhor trabalho.

Sigo para minha casa. Estou todo sujo de sangue.

Tenho que ter cuidado, para o sangue, não cair em nenhuma parte em meu caminho.
Chego em casa, entro pela porta da frente, não tem ninguém mesmo.

Subo, para meu quarto, repito o protocólo.

Escondo as provas, tomo um banho, lavo as roupas...e por aí vai.

Entro no quarto de Liam, pego um livro infantil, deito-me ao seu lado.

Pronto.

Agora sou o melhor primo do mundo.

Fiz meu trabalho de casa, e depois, coloquei meu priminho para dormir.

Sou ótimo, não?

Estou muito cansado, então acabo dormindo.

§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§

Estamos na hora do almoço. Vovó e Liam, estão sonolentos, Não sei porque.

Minha tia, está sorrindo, feito uma boba.

Pelo visto, a trepada foi boa.

Mas só para ela.

Pois Arnold está bêbado, sei que vou apanhar hoje, então...estou só aguardando.

Levanto-me da mesa.

Vou até a cozinha, lavar meu prato.

Ouço batidas na porta.

Minha tia vai atender.

Vejo Arnold entrar na cozinha, abre a geladeira e pega uma garrafa de cerveja.

Se quer saber, já é a oitava.
Ele para do meu lado,
Esperando algo.

A minha frente, vejo um abridor de garrafas.
Ah entendi, estico minha mão para pegá-lo.

Mas Arnold, me empurra, e caio no chão, com um copo de vidro na mão e acabo me cortando.
Minha mão arde, vejo um grande caco de vidro, cravado na palma.

O sangue pinga pelo chão.

- Seu filho da puta, imbecil!- ele pisa em minha mão.
Meu ódio é grande e minha vontade de matá-lo é incrível, mas a dor é maior.

Me esfórço, para não gritar.

Ele pega uma panela grande, de pressão, pronto para bater na minha cabeça.
Fecho os olhos, sei que vou morrer agora.

De repente, noto uma movimentação muito rápida.
Uma pancada forte.
Algo cai, em cima de mim.
O que me surpreendeu é que não foi minha cabeça.

Abro os olhos.

Pela primeira vez...desde que virei um assassino.
Acho que sinto tristeza, vendo ela alí.

Seus cabelos castanhos, molhados, pelo sangue, escuro.

Seus olhos claros, fechados.

Ela não se move.

Sangue escorre de sua cabeça para as minha pernas.

- Oh meu Deus!- Minha tia fala com as mãos, sobre a boca.
- Arnold o que você fez?- pergunta.

Ele simplesmente larga a panela no chão.

E vai para a sala.

Filho da puta!

- Sam! Sam!- afundo o rosto em seus cabelos, ensanguentados.

- Está tudo bem Sam...eu...eu estou aqui.- beijo seus lábios quase frios.

- O que está fazendo, aí parada? Chame a porra de uma ambulância!- Grito, para minha tia, ela se surpreende, mas corre para o telefone.

- Você não vai me deixar! Escutou?- grito para o corpo mole, dela.- Se você morrer, eu te...!- não consigo completar, Abraço-a.

Não pode ser! Não! Não!

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Estou a mais de cinco horas, aqui no hospital.

Cuidaram da minha mão.
Mas eu nem ligo para essa merda.
Estou esperando a médica que está cuidando dela, e ela me deixa nessa angústia.

Preciso saber, como está a Sam.

Enfim a vejo vindo em minha direção.

- Parentes de Samantha Rickers?- Diz vindo com uma prancheta, cheia de papéis.

E com uma cara nada boa.

- Aqui!- digo, indo em direção a ela.

- Ela está bem?- pergunto, desesperado.

Dra: Luana, cerra os lábios, sua expressão é triste.
-Me conta!- grito.

JACKOnde histórias criam vida. Descubra agora