━━━ 𝐈𝐧𝐞𝐯𝐢𝐭𝐚𝐛𝐥𝐞 ☂️
𝐄𝐋𝐎𝐈𝐒𝐄 𝐇𝐀𝐑𝐆𝐑𝐄𝐄𝐕𝐄𝐒 tinha gosto pelo que fazia. Onde naturalmente salvar pessoas havia virado parte de seu cotidiano. Mas as diversas decepções pareciam esperar o momento certo para atingi-la à partir do ins...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Mansão Hargreeves, 17 anos antes.
Uma música em volume baixo tocava na vitrola sob uma mesinha de cabeceira, o som ecoando suavemente pelo cômodo. A menina de cabelos castanhos, deitada na cama do irmão, batucava os pés na parede de acordo com o ritmo da música e, de olhos fechados, cantarolava a melodia quase que inaudível.
Os raios de sol daquele dia adentravam pela janela entreaberta, provocando uma iluminação natural no quarto. Um verdadeiro clima suave que Eloise Hargreeves prontamente aproveitava. Estava absorta em pensamentos, totalmente focada na música e sequer parecia escutar o que acontecia ao redor. Bloqueando qualquer som que pudesse atrapalhar a melodia que chegava aos seus ouvidos.
A garota de treze anos agradeceu mentalmente por nenhuma missão naquela manhã ou qualquer coisa que a fosse tirar de sua casa, não que ela não gostasse do que fazia, pelo contrário, Eloise se vangloriava por fazer parte de uma família de super–heróis. No entanto, havia dias quietos que se tornavam os seus favoritos.
Cinco suspirou, o silêncio de sua irmã era perturbador a maioria das vezes.
Ele virou o corpo e a viu deitada de cabeça para baixo em sua cama, os lábios mexendo enquanto cantarolava e os dedos movendo displicentemente uma caneca de chá ao seu lado. O líquido frio, ele supôs. Eloise se encontrava naquela posição à longos minutos.
— Vai ficar com dor nas costas — comentou ele, voltando sua atenção à um caderno com anotações.
— Que parte do silêncio você não entendeu, Número Cinco? — Eloise questionou baixinho.
— Até onde eu sei você invadiu meu quarto, Número Oito — Cinco retrucou.
— Então porque não me expulsou?
— Você é quieta, diferente dos nossos irmãos. —ele sacudiu os ombros.
Deu uma espiada na porta aberta onde pôde ver de relance o momento em que Klaus corria com Diego em seu encalço.
— Vou considerar isso um elogio — disse Eloise.
As vozes de Klaus e Diego foram abafadas a medida que os dois se afastavam corredor à fora.
— O que você está fazendo? — a castanha se endireitou, sentando–se sobre suas pernas dobradas.
— Pensei que preferisse o silêncio — Cinco murmurou, sem se preocupar em olhar para ela.
