04 - 𝒞apítulo quatro

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INEVITABLE

CAPÍTULO QUATRO, desconfiança e uma previsão.

CAPÍTULO QUATRO, desconfiança e uma previsão

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pov autora

Quando chegou no prédio em que morava, Eloise logo foi recebida por um forte cheiro de incenso que ia se tornando cada vez mais intenso à medida que subia as escadas até seu andar.

Eloise alcançou as chaves no bolso da calça e antes que a colocasse na fechadura da porta, um rangido ao seu lado fez com que olhasse para a esquerda.

Agatha Malvin, sua vizinha. Uma mulher de meia idade, os cabelos brancos presos em um coque no alto da cabeça. Em geral, era somente uma doce mulher que sorria para todos seus vizinhos. Mas também irradiava um ar de mistério, o qual a menina achava mais adequado não descobrir. Acreditava fielmente em ser uma vidente capaz de prever o futuro apenas olhando nos olhos de alguém.

Klaus, por algum motivo a conhecia, garantiu que a mulher era inofensiva e suas previsões estavam erradas na grande maioria das vezes.

A mulher não tinha aquele sorriso no rosto, estava taciturna e parecendo ao mesmo tempo muito irritada com algo.

— Posso ajudar?

— Queria ter uma conversa com você.

— Mas agora? — a menina mordeu o lábio, incerta.

— Agora, por favor.

Eloise a seguiu sem contrariar, entrando na porta ao lado.

O interior do apartamento era mais escuro que os demais, com várias decorações e objetos que usava em seus atendimentos. Cartas, bolas de cristais e outras coisas ocupavam uma mesa no canto do cômodo onde supostamente era a sala, Eloise foi conduzida até lá e sentou–se na cadeira que lhe foi oferecida.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntou, genuinamente confusa.

— Querida, eu gostaria de lhe contar algumas coisas que vi — disse Agatha com uma xícara de café nas mãos.

Que viu? — a garota repetiu — Certo, me conte.

Agatha lhe estendeu a xícara com café.

— Quero ter certeza do que vi nas cartas. Por favor, beba — pediu a mulher, gentilmente.

Mesmo confusa, a garota assim fez. Tentando evitar uma careta ao sentir o gosto amargo do liquido morno, ela odiava o gosto do café mas mesmo assim o bebeu até o último gole não querendo fazer desfeita.

𝐈𝐧𝐞𝐯𝐢𝐭𝐚𝐛𝐥𝐞 𓄳 ғɪᴠᴇ ʜᴀʀɢʀᴇᴇᴠᴇsOnde histórias criam vida. Descubra agora