━━━ 𝐈𝐧𝐞𝐯𝐢𝐭𝐚𝐛𝐥𝐞 ☂️
𝐄𝐋𝐎𝐈𝐒𝐄 𝐇𝐀𝐑𝐆𝐑𝐄𝐄𝐕𝐄𝐒 tinha gosto pelo que fazia. Onde naturalmente salvar pessoas havia virado parte de seu cotidiano. Mas as diversas decepções pareciam esperar o momento certo para atingi-la à partir do ins...
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pov autora
Não que estivesse achando uma má ideia acompanhar seu irmão até a Meritech, a questão era suas aparências infantis em um local onde apenas adultos trabalhavam.
Logo que entraram no ambiente foram recebidos por olhares curiosos e confusos, estava evidente que não eram acostumados a receber visitas de "crianças." O lugar cheio de manequins era estranho demais na opinião da menina.
Eloise, ao contrário do Número Cinco, manteve uma expressão doce e confiável. Um sorriso educado à quem dirigia um olhar à ela. Ainda sem entender o sentido de seu irmão estar tão interessado no dono do olho, a garota resolveu por não lhe fazer perguntas visto que o mesmo parecia nervoso e irritado. O seguia de perto, quase igualando seus passos ao dele.
— As pessoas estão nos olhando — sussurrou ela.
— Estão olhando porque você não para de sorrir para eles — Cinco retrucou em voz baixa.
— Bem, alguém aqui precisa parecer uma criança inocente — Eloise sacudiu os ombros. — Já que você ficou com a parte rabugenta.
— Eu não deveria ter trazido você comigo, está levando tudo na brincadeira — resmungou o garoto.
— Não estou levando na brincadeira, Número Cinco — Eloise disse parecendo ofendida.
Antes que o garoto pudesse retrucar, como estava em seus planos para fazer, acabou por ser interrompido antes mesmo de abrir a boca.
— Posso ajudá–los? — perguntou um homem. Alguém que, pelo traje, trabalhava por ali.
— Preciso saber a quem isso pertence — disse Cinco, mostrando o olho.
— Onde o conseguiu? — o homem lhe questionou.
— Isso te importa? — o garoto franziu a testa.
Eloise cutucou suas costas, lançando–lhe uma repreensão silenciosa. Deu um passo à frente com um sorriso aberto e simpático.
Eloise tinha um dom natural de parecer uma menina fofa e inocente quando precisava e uma pessoa adulta quando imaginava ser necessário. O vestido florido que marcava levemente sua cintura e mais seus cabelos presos em duas tranças laterais faziam com que seu ar infantil permanecesse aflorado.
— Desculpe, senhor, o que meu irmão quis dizer — Eloise segurou nos ombros do garoto, uma expressão inocente — Nós estávamos brincando no parquinho e encontramos esse olho, pensamos em devolver para o dono. Não é, Cinco?
